Todo mundo falou sobre esse assunto e o tema causou um verdadeiro “frisson” nas hostes do PSB e do PMDB. Mas, a verdade é que a tese de uma possível reaproximação entre o prefeito Ricardo Coutinho e o governador José Maranhão é o prato principal das rodas políticas.
Agora, é bem verdade que a possibilidade existe, mas é tratada publicamente pelos aliados do prefeito Ricardo Coutinho como algo a ser exorcizado, afastado, distanciado. E o segredo é simples. A turma de Ricardo deve manter essa possibilidade de reconciliação com o grupo de Maranhão, tratada como um devaneio, uma alucinação e fora de cogitação.
Mas, nos bastidores a coisa funciona de forma bem diferente. E como funciona. Todo mundo sabe disso e não vou aqui ficar dando testemunhos de que os políticos são verdadeiros atores e craques na arte da dramaturgia.
Pois é isso que os ricardistas estão fazendo. Dizem publicamente horrores do governador José Maranhão e do PMDB, mas, nos bastidores, nas estrelinhas e nas conversas reservadas, emissários levam e trazem recados, sinalizando que se a tese de aliança com Cássio não vingar da forma que foi planejada, as portas devem estar abertas para uma situação de recomposição com os antigos aliados de 2004, 2006 e 2008.
E parece que o povo acredita ou finge acreditar que o ódio de Ricardo por Maranhão é mesmo verdadeiro. Que ódio que nada, meus amigos. Não esqueçamos que os dois, Ricardo e Maranhão, sempre estiveram juntinhos, afinados no discurso e nas ações. Portanto, ambos têm histórico de dividir os mesmos palanques.
Hoje, simplesmente, Ricardo sabe que para ganhar o apoio de Cássio, nas eleições do próximo ano, precisa demonstrar que é a principal referencia no embate político contra o PMDB e tem procurado cumprir essa tarefa.
Por isso, o espanto dos aliados do prefeito pessoense quando a tese de reaproximação é ventilada por quem quer que seja. Todos tratam de recusá-la, expurgá-la, menosprezá-la. Para Ricardo Coutinho, Cássio não pode nem sonhar, nem ter alucinações que possam reproduzir na sua mente essa possibilidade de paz entre o ele e “Zé”.
O nó é complicado para desatar e Ricardo sabe disso. Cássio deseja votar e apoiar Ricardo, mas Cícero continua e continuará sendo o entrave para a oficialização da aliança desejada pelos “girassóis”. Cícero, mantendo sua candidatura, empurra a campanha para um eventual segundo turno e só Deus sabe o que pode acontecer na nossa tumultuada política paraibana.
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