Eu continuo tendo muita pena da atuação política do “líder” da oposição na Assembléia Legislativa, deputado Manoel Ludgério, do PDT. Mas é pena mesmo, muita pena.
E posso explicar o meu ponto de vista. O fato é que como pode o líder, que não sabe o que significa posição de grupo, de coletivo, querer agora orientar a bancada de oposição a votar contra o pedido de empréstimo, apresentado pelo governo? E que credenciais tem o “líder” para querer agora cobrar posturas dos senadores Efraim Morais e Cícero Lucena sobre o assunto?
Cobrança de fidelidade é como no casamento. Você cobra fidelidade, mas também tem que ser esforçar para ser fiel. E não é o caso em questão, pelo menos, no tocante ao deputado Manoel Ludgério.
São questionamentos muito fáceis de obter respostas. É só interpretar os últimos acontecimentos do nosso cotidiano. E pra bom entendedor, meia palavra basta.
Parte dos deputados da oposição, na verdade, estão cansados de receber orientações que levam a um sacrifício incalculável. E tudo acontece nas bases, lá nos municípios, onde o eleitorado sofre com os mais difíceis problemas e cobram dos seus parlamentares a possibilidade de melhores dias.
Alguns deputados analisam a situação atual com o pensamento de quem está aqui, na Paraíba, vivenciando o dia a dia, as dificuldades, as adversidades, as intempéries. Diferente de quem preferiu ficar longe, distante, próximo a estátua da liberdade, num ambiente bem diferente dos que aqui permanecem, enfrentando o batente.
Talvez seja esse o diferencial. É impossível querer obrigar ou cobrar publicamente uma posição a alguns deputados nessas circunstancias.
O perigo de certas afirmações
Muitos políticos que foram governo até bem pouco tempo não estão atentos na hora de falar em grampos telefônicos clandestinos. Falam com tanta propriedade sobre o assunto que até parece serem conhecedores profundos desse tipo de “arapongagem”. Se dizem ser tão fácil grampear o telefone de alguém, deve ser porque conhecem esse tipo de espionagem, que considero um verdadeiro atentado aos preceitos democráticos.
Efraim muito calado
Alguns observadores têm comentado o silêncio do senador paraibano Efraim Morais, presidente do DEM. Em contato com umas das pessoas muito próximas ao parlamentar, fui informado que Efraim está atento aos últimos acontecimentos e tem acompanhado tudo com muita precisão e detalhe. Segundo essa fonte, o sertanejo de Santa Luzia prefere falar pouco e continuar assistindo os desdobramentos que levam a 2010.
Efraim no páreo
Há quem diga que Efraim fala pouco à imprensa, mas, nos bastidores, tem conversado muito ao telefone. Efraim prefere agir nos bastidores e não se enganem se novidades surgirem nos próximos meses. Quem venceu uma eleição que para muitos era quase impossível, não pensa em nadar, nadar e morrer na praia.