E CADÊ OS PROJETOS, HEIN?
É briga todo santo dia. Hoje tem briga no PT; amanhã quem sabe outra vez é o PSDB; tem dia reservado também para o PMDB, o PSB, o PPS, e para todos os outros perepêpês que hoje existem na nossa salada de partidos políticos. É tanta briga que alguns políticos estão até com medo de falar sobre determinados assuntos porque podem também ser envolvidos em alguma briga. Se você abre o jornal do dia, tem briga. Se liga o rádio, lá vem mais uma briga. Se aperta o botão da TV, a cena é de briga também. Visitar a internet, não dá outra: é briga pesada todo santo dia envolvendo os nossos políticos.
Longe de criar alguma “briga” sobre o assunto, meu desejo é de dizer, de forma contundente, aos protagonistas da vida pública: vocês estão todos equivocados, errados, desvirtuados.
As eleições do próximo ano precisam representar algo mais do que um momento para a confirmação da supremacia política deste ou daquele grupo ou corrente partidária. Até agora, pelo que estamos assistindo, 2010 servirá apenas para um grupo mostrar que enterrou o outro, que venceu a guerra, que sepultou o adversário, mesmo que momentaneamente.
Amigos, a discussão está fora de foco, longe dos reais interesses da população da Paraíba. As brigas estão acontecendo não por causa dos reais interesses do nosso estado. Elas ocorrem porque a grande maioria da nossa classe política insiste em colocar os seus próprios interesses, acima dos interesses do povo.
A discussão deveria ser outra. Os choques de opiniões poderiam ter outra finalidade, outros objetivos. A Paraíba precisa parar de perder tempo com as grosserias, as baixarias e os “xiliques” de sua classe política às vésperas de uma campanha eleitoral que pode decidir o futuro do nosso estado, o futuro dos nossos filhos.
A Paraíba precisa é apontar um leque de perspectivas que possam contribuir para alavancar o seu desenvolvimento. Precisamos chamar a sociedade para uma discussão profunda sobre as potencialidades das suas mais diferentes regiões e desenhar um diagnóstico que nos leve a como tudo isso pode ser concretizado, efetivado na prática.
Os políticos, os partidos, as entidades, a imprensa, os setores produtivos, as entidades não governamentais, poderiam aproveitar esse momento, inclusive, de crise mundial profunda, para traçar metas, elaborar programas, apresentar sugestões, no intuito de fortalecer um projeto a pequeno, a médio e longo prazo, que possa tirar o nosso estado do atraso a que foi submetido, justamente devido ao acúmulo de erros estratégicos, praticados pelos nossos mandatários.
Maranhão, Cássio Cunha Lima, Cícero Lucena, Ricardo Coutinho, Luciano Cartaxo, Luiz Couto, Veneziano Vital do Rêgo. De nada adianta a briga pelo estabelecimento de nomes ou de auto-afirmação de caciques. O que a Paraíba espera é que a discussão sobre 2010 passe a cima de tudo por projetos. Isso mesmo. O nosso estado precisa de um projeto de desenvolvimento que prepare o nosso povo para um salto rumo ao futuro. Um projeto de PARAÍBA que envolva os seus mais diferentes setores, a exemplo da educação, da saúde, da habitação, emprego, renda e questões sociais.
