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A regra do jogo é clara: pra toda ação, existe uma reação. E esse embate entre o governo do estado e setores da Polícia Militar trará novos e preocupantes capítulos, após a decisão do Juiz da Vara da Fazenda, aqui da capital, acatando liminarmente a suspensão dos efeitos da lei aprovada pela Assembléia Legislativa, ainda no ano passado.
Se mesmo diante da indefinição precoce do governo, que bradou a impossibilidade do pagamento do benefício, alegando falta de recursos e questionando a legalidade do dispositivo, justificando que sua aprovação pelo parlamento foi feita em período proibitivo, a PM já realizava “levantes” em praça pública, imaginem agora, diante de um fato concreto.
E acho que a coisa pode piorar. Calma que eu explico direitinho. O fato é que diante da concessão de uma liminar, desobrigando o governo, mesmo que temporariamente, do pagamento dos reajustes concedidos pela lei, a categoria pode partir para radicalização do movimento reivindicatório e optar pelo embate mais agressivo.
Pelo tom de algumas lideranças do movimento, a exemplo do deputado Major Fábio, que exerce forte influencia na PM, fica clara a tendência de uma greve por tempo indeterminado.
Ao que parece, a estratégia será guerrear (claro que no bom sentindo da palavra) na justiça, para tentar derrubar os efeitos da liminar, além de ampla mobilização nas principais cidades do estado.
Pelo sim, pelo não, a PM não demonstra sinais de que ficará “acuada” e promete outros “rounds” ou “queda de braços” com o governo, no intuito de garantir o cumprimento daquilo que foi aprovado pelos deputados estaduais.