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Ecoou como um recado direto ao prefeito Ricardo Coutinho, o anuncio do suplente de senador Carlos Dunga, de que não mais estaria na disputa pela indicação da posição de candidato a vice-governador, na chapa do PSB. Confirmado o episódio, que serve para ilustrar mais uma etapa, na correlação de forças, que tem como alvo o desenho eleitoral das eleições de Outubro próximo, cabe-nos reflexões sinceras e precisas.
Acredito que a decisão de Dunga, nos leva a entender que tudo significa um recado curto e grosso dirigido a Ricardo. É claro que o PTB de Armando Abílio sabe que o candidato a vice não é, por via de regra, escolhido de forma antecipada. Mas, acontece que o partido, estrategicamente, não acha que a espera até junho seja conseqüente e segura.
Ou seja, em outras palavras, para ser muito mais claro, o PTB de Armando Abílio quer dizer que não confia em Ricardo. Não acredita que ele, Ricardo, cumpra o acerto firmado com a legenda. E ambos, tanto Armando como Tavinho Santos, não escondem de ninguém que existem motivos de sobra para a temerosidade de levarem um “canto de carroceria” a qualquer momento.
E tudo se explica na memorável campanha de 2008, quando a escolha do candidato a vice-prefeito de Ricardo, que disputava a reeleição, foi feita de forma traumática e cheia de atropelos. Vários partidos queriam patrocinar a indicação, esperaram a decisão de um conselho político, formado pelas legendas aliadas e aos quarenta e cinco minutos do segundo tempo de jogo, Ricardo bateu o martelo e tirou da manga o nome de Luciano Agra, deixando tudo mundo a ver navios e chupando o dedo.
É por isso que o PTB está aflito, temeroso, aguçado e colocando as “unhas de fora”. Armando Abílio sabe que se a relação com Ricardo não for do jeito que o seu partido deseja, Maranhão está de braços abertos para recebê-lo. E tudo faz parte do jogo. É a luta pela sobrevivência política e eleitoral.