É ponto comum para todos os analistas que acompanham o atual cenário político do nosso estado, que o prefeito Ricardo Coutinho, tem pela frente, dois importantes “imbróglios” para resolver de forma urgente, urgentíssima.
O primeiro deles é acalmar os ânimos do deputado federal Armando Abílio, presidente do PTB, que, ao que parece, resolveu mandar um recado direto na semana passada para os “girassóis” em relação à participação do partido no bolo da chapa majoritária, que será encabeçada pelo prefeito Ricardo Coutinho.
Armando, observando as costuras que estão sendo projetadas, decidiu “bater o pé” e dizer que a sua estrutura partidária está viva, e que não pode ser minimizada, portanto, deseja ter os espaços necessários para também compor o time que será âncora no embate do próximo ano.
A outra questão é a situação de disputa que se avizinha nas hostes do Partido dos Trabalhadores, o PT. Enquanto o governador José Maranhão decidiu arregaçar as mangas e vestir a camisa do deputado Rodrigo Soares, na briga pela presidência da legenda, que será decidida em novembro, é ponto comum a observação de que Ricardo ainda não sinalizou, pelos menos na prática, com ações mais consistentes, o empurrãozinho que espera receber a candidatura do também deputado Luiz Couto.
Pelo sim, pelo não, o que observamos de forma bastante presente é que o governador José Maranhão age exatamente nas lacunas deixadas por Ricardo nos dois casos. E tudo na política é sintomático, não existem espaços vazios, portanto, é regra. Armando Abílio não mandou aquele recado de graça. O recado foi uma forma de dizer que alguém lhe paquera e que o atual namoro precisa ser alimentado para que seja duradouro. Só não entende quem não quer.
No caso do PT, as constatações são mais gritantes e claras. Maranhão não mede esforços para dizer que precisa do partido no próximo ano e procura mostrar, na prática, hoje, que é o mais indicado para receber a solidariedade da legenda. Apóia abertamente Rodrigo Soares esperando o gesto de gratidão em 2010.
Portanto, Ricardo tem essas duas etapas pela frente e não pode deixá-las como tarefas secundárias, que o tempo se encarregará de resolver. Nada disso. Muito pelo contrário. Os fatores PTB e eleições no PT devem ser tratados como prioridades essenciais ao projeto do PSB de conquistar o Palácio da Redenção. Caso contrário, serão desfalques significativos com sérias conseqüências no jogo eleitoral do próximo ano.
