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Todo mundo sabe, mas poucos tem a sinceridade de admitir e dizer, que Ricardo Coutinho, desde que oficializou uma aliança com o ex-governador Cássio Cunha Lima, acumulou mais perdas do que ganhos. Perdeu mais apoios do que ganhou. Ou seja, hoje soma mais prejuízos do que lucro.
Ricardo perdeu todos os deputados estaduais e federais que integravam o seu partido, o PSB. De uma legenda representativa, passou a ser mais uma sigla nanica, sem absolutamente ninguém no parlamento. É bem verdade que o PSB ganhou a filiação de Ricardo Barbosa, que, venhamos e convenhamos está deputado via articulação, pois é suplente.
O PTB de Armando Abílio e companhia limitada debandou após a chegada de Cássio. Armando caiu fora, levando consigo um grande número de lideranças do partido, além do tempo no guia eleitoral do rádio e da televisão.
Um dos principais idealizadores da candidatura de Ricardo, o ex-deputado Gilvan Freire, foi outro que não demorou muito tempo e não pensou duas vezes antes de dar adeus a Ricardo e abandonar o barco do “girassol”.
Na Câmara de João Pessoa a coisa ficou deprimente. Ricardo perdeu quase todos os aliados que tinha e diversos vereadores se rebelaram, a exempo de Felipe Leitão, Sérgio da SAC, Elisa Virginia, Fernando Milanez, João dos Santos, Tavinho Santos, Geraldo Amorim e Dinho.
Quando se fala dos partidos, a situação ainda é mais triste e preocupante. Dos partidos que integraram a aliança de 2008 – pleito que reelegeu Ricardo para prefeito – poucos ficaram ou permanceram no projeto. A grande maioria enveredou por outro caminho e cuidou de também enfraquecer os ideais do PSB de chegar ao Governo do Estado.
A grande maioria dos suplentes de vereador, aqui da capital, que antes era simpática ao projeto de eleição do ex-prefeito Ricardo Coutinho, já não pode mais ser contabilizada deste lado da balança. Já faz parte de outro projeto, tem outros objetivos.
Desta forma também estão as principais lideranças do movimento social de João Pessoa. São presidentes de associações comunitárias, lideres estudantis, representantes de sindicatos de várias categorias de trabalhadores, além de centenas de profissionais liberais.
Um fato curioso é que em cerca de 50 cidades da Paraíba a candidatura de Ricardo corre o risco de ficar sem palanque, pois todas as lideranças de expressão, seja de oposição ou de situação, preferiram ficar com a candidatura de Maranhão. Algo que merece uma análise concreta, profunda e científica do ponto de vista político, por parte do grupo oposicionista.
São questões preocupantes e que precisam ser discutidas. Como os números não mentem, pode estar aí as explicações para os resultados das últimas pesquisa divulgadas no nosso estado.
O atual momento é tão eloquente, repassador de recados importantes para o grupo oposicionista, que fica mais claro ainda que Cássio não somou lá essas coisas, quando decidiu abandonar o amigo Cícero Lucena e aderir ao projeto de Ricardo, se pegarmos como base os últmos números dibulgados pelos institutos de pesquisas.
Qual a explicação para Cássio obter números invejáveis, consagradores, na disputa por uma das vagas para o senador federal e não conseguir traduzir a sua popularidade e aceitação para o seu candidato ao governo? Se pegarmos como ponto de analise a pesquisa do IBOPE, divulgada em outubro do ano passado, Ricardo estagnou, parou no tempo, não cresceu, ficou no mesmo patamar durante oito meses, após a divulgação dos dados mais recentes.
A verdade é que grande parte das lideranças da oposição está mesmo decidida a votar em Cássio e disso não têm dúvidas. É prego batido e ponta virada. Agora, quando o assunto é votar no candidato a governador, a história é completamente outra.