Acabou o mistério. O ex-governador Cássio Cunha Lima já está em terras brasileiras desde o início da manhã deste sábado, 29, oriundo dos Estados Unidos, onde se reservou a um exílio espontâneo que durou vários meses.
O retorno de Cássio vem recheado de muitas expectativas em torno dos destinos que serão apontados para as eleições do próximo ano. A posição que adotará aqui na Paraíba, que deve ter sido motivo de muito amadurecimento lá nos Estados Unidos, nesses últimos e demorados meses, também definirá o comportamento do xadrez que envolve a sucessão de 2010.
Como e de que forma Cássio pretende conduzir os entendimentos no seu grupo para que as peças não se quebrem e com isso outros setores não sejam beneficiados politicamente? O que passa pela cabeça do ex-governador? São perguntas que, com a sua chegada ao Brasil, todos os paraibanos, pertencentes ou não ao seu grupo, fazem no momento.
De uma coisa temos certeza: a primeira definição de Cássio é inevitável e não pode ser prorrogada, pois trata-se do seu destino partidário. Ele deixa ou vai mesmo permanecer no PSDB? Essa primeira definição será tomada mediante encontro que deve manter com as duas principais lideranças nacionais dos tucanos: os governadores Aércio Neves e José Serra.
Serra e Aércio têm cartas na manga para convencer Cássio de permanecer no partido? Eles têm saliva suficiente para argumentar, necessariamente, a certeza de que o projeto ideal é manter uma candidatura, na Paraíba, com a cara do projeto nacional, que aponta a conquista do Palácio do Planalto em 2010?
E quando chegar aqui na Paraíba? Em que nível será os entendimentos tão esperados com Cícero Lucena e Efraim Morais? Especificamente, como será a conversa com o companheiro histórico, o senador Cícero Lucena, um dos principais atores nesse muído da sucessão do próximo ano?
Prefiro aguardar as respostas que preciso para avaliar com mais profundidade o quadro que está sendo montado com o retorno de Cássio ao Brasil. A primeira dica, já teremos de forma clara e nítida no início de outubro, quando se espira o prazo para as mudanças de partido, segundo a legislação eleitoral.