Nilvan

A política do quanto pior melhor

Ouvi atentamente na tarde de hoje, segunda-feira, o pronunciamento do secretário de finanças do estado, Marcos Ubiratan, onde ele detalhava […]

Ouvi atentamente na tarde de hoje, segunda-feira, o pronunciamento do secretário de finanças do estado, Marcos Ubiratan, onde ele detalhava para uma platéia de jornalistas os últimos recuos financeiros, oriundos do Fundo de Participação dos Estados, o FPE.

Na coletiva, Marcos Ubiratan relatava que o estado precisaria, para compensar essas perdas que giram em torno de quase 150 milhões de reais, que a Assembléia Legislativa, ou seja, os deputados da bancada de oposição, aprovem o pedido de empréstimo ora tramitando naquela casa, junto ao BNDES.

São recursos que giram em torno de 191 milhões de reais, e que seriam utilizados em várias obras nas mais diferentes áreas, abrangendo um grande número de municípios paraibanos.

Esse filme eu já vi. E acho que a Paraíba deve ser muito maior do que as questiúnculas politiqueiras que sempre tomam conta do cenário. A coisa é mais ou menos assim: quem está na oposição usa, aqui e acolá, as velhas práticas de barrar as iniciativas que surgem de quem estar no poder, usando o método do “quanto pior melhor”, que não leva a absolutamente nada, e a conta sempre quem paga é o povo, os mais pobres, os mais carentes.

Mas será que os nossos políticos ou alguns dos nossos políticos não perceberam ainda que o atraso em que o nosso estado está atolado há anos é culpa exatamente de comportamentos desse tipo? E sempre assistimos a essa novela, independente de quem estar no poder.

Já disse que o filme é o mesmo e para políticos de mentalidade medíocre o que menos interessa é o povo.

Os nossos deputados devem esquecer a disputa do próximo ano e pensar no prejuízo que pode causar o retardamento da aprovação do pedido de empréstimo, ora solicitado pelo atual governo.

E eu não estou aqui preocupado com quem está na cadeira de governador. Isso, agora, é o que menos interessa. O fundamental é saber se as obras contidas no plano de trabalho, apresentado pelo governo, são ou não importantes para o nosso estado.

Está mais do que na hora de esquecer o debate do próximo ano e colocar os interesses da Paraíba em primeiro plano.

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