Nilvan

A pesquisa, os erros e a agonia

msn: [email protected] twitter.com/nilvan Contatos: (83) 8756-9140/9135-8482 Fiquei espantado com a reação raivosa dos aliados do prefeito Ricardo Coutinho em relação […]

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Contatos: (83) 8756-9140/9135-8482

Fiquei espantado com a reação raivosa dos aliados do prefeito Ricardo Coutinho em relação ao resultado da pesquisa divulgada nesta quarta-feira, apresentando os primeiros números na disputa pelo Governo do Estado.

Será que Ricardo e sua turma estavam certos de que já eram os donos dos votos da Paraíba? Ou será que eles acreditavam que sem uma estrutura partidária forte e consolidada, um leque de alianças consistente, alguém consegue chegar ao topo do poder?

A pesquisa reflete bem o que acontece na prática e apenas coloca os reflexos das mais diversas situações para que os candidatos reorganizem suas estratégias, suas ações, determinantes na correlação de forças que estão diretamente envolvidas no processo eleitoral.

Acontece que Ricardo começa a viver o seu período de agonia profunda, fruto de tudo que fez de ruim para amigos e inimigos. Ele colhe o resultado de um comportamento insensato, inconseqüente, ditatorial e intolerante.

Além de tudo isso, Ricardo se tornou um político sem o menor nível de relacionamento, sem afago, seco, rude, frio, indelicado, ameno às necessidades daqueles que durante algum tempo conseguiram lhe tolerar com o seu estilo que não cede sequer um simples sorriso.

Ricardo começa a pagar o preço cobrado de alguém que sempre achou que todos deveriam lhe venerar. Alguém que adora o “culto à personalidade” e que acha que é o todo poderoso, o dono da razão.

Hoje, poucos meses antes da eleição, Ricardo Coutinho é considerado antipático perante a classe política, tenta juntar os cacos de uma aliança que começa a lhe abandonar, simplesmente porque não aceita mais venerar alguém que não nasceu para ser rei.

Ricardo amarga a revolta de Armando Abílio, que lhe tira o PTB; Ricardo sofre com as desconfianças de Damião Feliciano, que coloca o PDT bem longe dos projetos do PSB; Ricardo não consegue ter a simpatia de Wellington Roberto, que comanda outro partido importante nesse processo, o PR; Cícero Lucena foge de Ricardo mil léguas e jura de pés juntos que não sobe no seu palanque, além de outros que já preparam a debandada, após o dia três de abril, data marcada para que Ricardo volte a ser um simples cidadão comum, sem a caneta da prefeitura nas mãos.

Nesse contexto, resta a Ricardo apenas Cássio, pelo menos por enquanto, para defender o seu nome, mesmo sabendo que pode ser também abandonado lá na frente, assim como foi feito pelos girassóis contra Maranhão, Nadja Palitot e outras tantas vítimas.

O pior é que os políticos não confiam em Ricardo. Muitos convivem com a sua arrogância porque estão sacramentando interesses momentâneos, individuais, longe de questões coletivas.

O dilema apenas começou com os números apresentados nesta quarta-feira. Outros números virão e podem ter certeza que não serão diferentes na essência. Começa a agonia e logo após o dia três de abril as conseqüências de tudo que foi feito de forma errônea serão mais latentes, mais presentes e profundamente avassaladoras.

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