UMA ABERTURA SEM ATROPELOS

A abertura do ano legislativo na Câmara Municipal de João Pessoa não aconteceu a batalha campal que se espelhava. Todos, adversários ou não do prefeito Ricardo Coutinho (PSB) souberam se comportar. Não transgrediram a lei. 

Mesmo assim alguns incidentes foram registrados do lado de fora do plenário. Um carro de som usado por manifestante foi retirado a força pela Guarda Municipal, mas não houve confronto. O som do carro estava atrapalhando o discurso do prefeito. 

O vereador Geraldo Amorim (PDT) lamentou que algumas medidas impediram que os do lado contrário ao socialista tivessem acesso ao plenário da Casa. Segundo ele, as portas estavam abertas apenas para os partidários do prefeito. 

Ricardo Coutinho, em seu discurso, o de sempre, preferiu varrer as mazelas de sua administração para debaixo do tapete. Falou maravilha de tudo. Da escola Nota 10 a excelência na prestação do serviço saúde. Não é bem assim. 

Os postos de saúde da periferia, por exemplo, funciona aos trancos e barrancos. Em muito deles, inclusive, não existem o profissional médico. Em muito deles para se conseguir uma simples consulta, leva horas. É uma desgraça. 

A propalada escola Nota 10, cantada em versos e prosas pelo coletivo de Ricardo, não tão bela assim. Nenhum filho de vereadores ou dos componentes dos Coletivos está matriculado na rede pública municipal. 

Nem mesmo a presença de combatentes ee assumidos adversários politicos de RC no plenário da Câmera,  o intimidou. Suas bravatas eram aplaudidas pela claque bem orquestrada. Mesmo assim, Francisco Barreto, Nicola Lomonaco, Marconi Paiva e  Aníbal Marcolono,  continuaram olhando bem de perto a feia cara do engodo.