Feinho tinha uma vocação totalitária. Não fazia parte de seus fins a defesa da liberdade de expressão. Com o passar do tempo, se fez rei absoluto; o senhor da intolerância.
Naquele reino distante onde o sol nasce primeiro, Feinho se beneficiava do todo, mas servia apenas a uma fração.
Vivia deslumbrado com o poder, se alimentava de afagos e retribuía com cumplicidade.
Não era um líder (por se degradar havia perdido essa condição), apenas chefe. Era movido a perseguições e arbitrariedade.
Acuado em denúncia de escândalos, abuso de poder, corrupção… Não aceitava nem mesmo o contraditório das versões oficiais dos fatos, se transformava em tirano .
Pretencioso acredita que o tempo é seu e não daqueles que ousaram desafiá-lo. Por lhe faltar ética, lança mão da opressão, já que os meios justificam os fins.
Certamente, em breve, veremos que o rei se transformou em um Macunaíma da política, como diria Mário de Andrade: o processo constante de metamorfoses o transformem em inseto, peixe e até mesmo um pato, dependendo das circunstâncias