Mais um auxiliar do governador Ricardo Coutinho se recusou a prestar informações solicitadas pelo vice-presidente do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, desembargador José Aurélio da Cruz, que é relator das AIJE’s (Ações de Investigação Judicial Eleitoral) que tramitam na Justiça Eleitoral pedindo a cassação do governador. Um despacho do desembargador concede um prazo de dois dias para que o presidente da PBPrev, Yuri Simpson Lobato, apresente as informações solicitadas, com a advertência do Artigo 22, inciso IX da Lei 64/90, que pune com prisão o descumprimento de decisão judicial.
“A repetição da conduta nos faz crer que é uma orientação superior sonegar informação à Justiça Eleitoral, pois como todos sabem o relator já chegou a ameaçar de prisão cinco secretários de Estado por desobediência aos pedidos de informações e agora o presidente da PBPrev também adotou a mesma postura”, afirmou a advogada Thiciane Carneiro, que faz parte da equipe de advogados da Coligação A Vontade do Povo, parte interessada na investigação.
A advogada informou que a PBPrev enviou ao TRE um CD-ROM inacessível onde deveria conter as informações solicitadas pelo relator, desembargador José Aurélio da Cruz, a respeito de fatos investigados na AIJE que apura irregularidades praticadas pelo órgão para beneficiar a reeleição do governador Ricardo Coutinho. Depois de testado em computador do próprio órgão e comprovado que os dados estavam inacessíveis, o TRE solicitou um novo envio dos dados e, segundo o agente dos Correios, houve recusa do recebimento da correspondência.
Diante da recusa, o desembargador oficiou através de mandado, nos termos da lei, relatou a advogada, que considera suspeita a prática de sonegação de informação à Justiça por parte dos auxiliares do governo do Estado.