Quando criança não se pensa que exista dor maior do que beliscão de mãe. É dor das mais doídas. Infinitamente maior do que ‘topada’ em ponta de pedra. Dói mais do que dor de dente.
Pulando de fase, na adolescência, a dor do amor não correspondido dilacera o coração, tira o apetite e até mesmo a vontade de viver.Não há como deter, mas passa.
Adultos, conscientes de nossos atos, nada nos deixam mais indignados do que ver a ciência política ser transformada, pelos políticos, na arte da rapinagem. No mundo do rapinador, todos procuram abocanhar seu naco. Transformam gabinetes em balcão de negociatas e fazem da miséria do povo seu palanque eleitoral.
Nesse espaço, onde o povo, o interesse coletivo é usado apenas como pano de fundo, o ser político partidário no Brasil atual, deve esquecer-se do passado e do presente. O futuro é de incertezas, mas o importante é aprender o ofício da arte de rapina. Isso não passa. Tá impregnado.
Se a política partidária nos leva a indignação, uma decisão errada do Judiciário nos leva ao desespero.
O direito brasileiro, é tendência internacional, vem aumentando os poderes do juiz de primeiro grau, o juiz monocrático. O julgamento monocrático como forma de acelerar os julgamentos e aí reside o perigo.
Existem injustiças temporárias? Não acreditamos. Elas podem até ser reparadas com o tempo, mas as sequelas o tempo não às apaga.
Não queremos acreditar que exista conluio entre magistrados, mas a história nos mostra o oposto. Tá cheio de exemplos negativos.
O envolvimento de agentes políticos com magistrados é uma realidade. Há casos em que parentes e aderentes foram nomeados para cargos comissionados. Não vamos discutir o mérito da qualificação técnica e profissional dos nomeados. Muitos dos quais com currículos invejáveis. Pergunta-se apenas se em uma decisão, o juiz levaria em conta a benesse familiar?
Defendemos o projeto ficha limpa para o judiciário, sob o argumento de é preciso conhecer o passado para se julgar o presente.