CADÊ A CAMPANHA?

O início da campanha à sucessão estadual dos dois principais protagonistas – ou o que ainda resta – não chegou à militância de nenhum dos candidatos. Não se evidencia nem aqui e nem alhures empolgação do eleitorado. 

Não se vê faixas, camisetas ou bandeirolas tremulando ao sabor do vendo, exceto as remanescentes dos festejos juninos ou de apoio à malfadada seleção de Dunga. 

A tarefa de Ricardo Coutinho (PSB) parece ser a mais difícil. O tamanho de sua responsabilidade de ser ator principal e não apenas sombra do ex-governador Cássio Cunha Lima, tem lhe deixado inibido, confuso e cada vez mais fechado na redoma em que foi colocado pelo ‘coletivo’. 

O bordão do ‘não decola’, em rodinhas de vozes políticas, já é refrão na boca do povo.Falta-lhe tempero. É algo parecido com comida de hospital – insosso. 

A diferença pode estar na propaganda eleitoral gratuita do rádio e televisão, veículos que Ricardo domina como poucos. Além desse ponto, ainda pode se destacar a contratação do marqueteiro Duda Mendonça, um dos ‘papas’ das campanhas políticas. 

Já a campanha do governador José Maranhão, candidato do PMDB à reeleição, é de uma apatia sem precedentes. 

Se fossemos médicos diríamos que sofre de anemia, doença que provoca diminuição dos níveis de hemoglobina na circulação, responsável pelo  transporte de oxigênio dos pulmões para os tecidos. 

Apesar do ponto negativo, Maranhão tá de ‘melé solto’. Com longa experiência na vida politica do estado, bom de urna e conhecedor de ruas e vielas de todos os 223 municípios paraibanos, o candidato peemedebista, não tem muito com o que se preocupar, tem luz própria. 

Enfim, não vive à sombra de outros.