Conta a história que Ali Feinho, um pobre braçal da longínqua e atrasada aldeiota, se furtava a trabalhar. Sem talento, se aliou a Cassim a quem chamava de irmão rico. Feinho era a cara do exagero de escassez da moralidade.
Com a ajuda de Morgiana, uma astuta escrava, e às custas de muito servilismo e bajulação conseguiu do protetor poderoso um tesouro: dirigir a Província.
Foi lhe dada a senha para entrar no palácio da aldeota, que é aberta por magia: “Abre, ó Simsim”, escrita na lingua de Cabral como “Abre-te Sésamo”. Fechava a gruta as palavras “Fecha, ó Simsim” (“Fecha-te Sésamo”).
Estava escancarado o superfaturamento em obras e a distribuição dos bens públicos…
Ao longo do tempo, o agora Sultão desenvolveu habilidades para desgostar parceiros. Dizem que Cassim sempre questionava Feinho sobre a sua inesperada riqueza.
Feinho, minimizava as consequências e suscitava suspeita sobre Babá, também conhecido por Borra Botas; um vassalo pra lá de submisso, a exemplo do Sultão, com um sorriso em abundância de inexistência da dignidade.
A raiva do povo aumenta. Ali e Babá continuam conspirando contra tudo e contra todos. Roubando do troco a esperança.
Basta apenas uma fagulha para a província arder em chamas.
O conto é baseado em ALÍ BABÁ E OS QUARENTA LADRÕES.Essa aventura foi contada na Antiga Pérsia.O francês Antoine Gallano traduziu esta e outras histórias no livro As Mil e uma Noites. Ela foi contada por Sheherazade para o rei Shariar.