Quem perde é a Paraíba!

    Já ouvi muita gente dizer que a nossa cidade e o nosso estado sofrem de “falta de sorte”. Alguns chegam a dizer que temos uma “caveira de burro” enterrada e que o “azar” que ronda em nossos ares dificilmente será quebrado ou exorcizado.  A história de fato revela isso. Geralmente quando somos tomados pela empolgação de que as coisas poderão dar certo, forças estranhas são acionadas para impedir essas ações e o único prejudicado é o nosso estado e a sua população. É só observar a quantidade de episódios que já foram vivenciados nos últimos tempos envolvendo a política e tantos outros segmentos, que só podemos tirar uma conclusão de como ainda pensamos pequeno e somos reféns de um poder maior. É fácil entender.

     Assim que foi instalado o novo governo na Paraíba, a bancada federal tanto da situação como da oposição, tentou criar uma unidade. A proposta seria levantar uma única bandeira que fosse capaz de aparar as arestas criando-se o que o foi chamado de “Pacto pela Paraíba”. A intenção seria promover a união, numa ação suprapartidária, capaz de alavancar o estado em direção ao diálogo tirando-o do caos e o levando para o desenvolvimento.  Infelizmente a idéia só avançou nos discursos e nas fotografias. A primeira audiência do Governador com a Presidente Dilma foi realizada sem a participação e a conivência do “pacto” e evidentemente causou ciúmes pela indiferença de como foi atribuída pondo de água a baixo toda uma perspectiva de construção coletiva na direção do almejado progresso.

   Recentemente o nome do Deputado Federal Manoel Junior foi vetado para o cargo de Ministro de Turismo. O sonho de vermos nosso estado ser representado numa pasta tão importante foi interrompido mais uma vez pela falta de sintonia política. E logo em um ministério tão importante e que coincide com a tendência natural do nosso Estado, já que em breve teremos um Centro de Convenções e o turismo é visto para muitos como sendo a “bola da vez”.   Praticamente nomeado, a oportunidade que nos foi tirada de termos um Ministro atuante e trabalhador, saiu exatamente da própria bancada paraibana numa articulação mesquinha e grotesca impedindo que a Paraíba mais uma vez avançasse. Como se não bastasse essa articulação medíocre, ainda tentaram denegrir a sua imagem o acusando de atitudes infundadas e sem consistência. Essa prática tem sido comum na Paraíba, onde a disputa e o bom debate são atropelados pela vaidade e as perseguições pessoais. O que não falta na Paraíba é potencialidade turística, mas infelizmente a falta de estrutura e a vontade política não permitem esses avanços. Essa atitude maléfica arrancou da Paraíba a oportunidade de dar um salto qualitativo num momento em que o Brasil se prepara para a Copa do Mundo e os olhos se voltam para o fortalecimento do turismo em todo país. Uma pena!

   Da mesma forma que perdemos um Ministro numa pasta tão importante para a Paraíba, pouco se fez para emplacar o nome do Dep. Damião Feliciano na vaga do TCU. Como  era de se desconfiar, a vaga ficou com a Dep. Ana Arraes, mãe do Governador de Pernambuco e aliado político do nosso governador. Mais uma vez ficamos a ver navios. Ou melhor, nem navios conseguimos ver, já que ainda não temos um porto de águas profundas e dependemos do Porto de Suape para exportar nossas demandas.

  A vontade de querer construir uma unidade que beneficie totalmente nosso estado tem sido barrada por vaidades ou picuinhas políticas a projetos que poderiam nos colocar no topo da vanguarda administrativa. Infelizmente esses projetos têm sido amputados pela disputa interna de partidos ou pela dificuldade invejosa de não querer admitir uma convivência mais serena com as diferenças, se abrindo para o diálogo e unificando ações, pontos fundamentais para qualquer desenvolvimento.

   São atitudes como estas que nos deixa cada vez mais distante de se criar uma perspectiva futura e harmoniosa para o nosso povo. Nesse caso, lamentavelmente, só quem perde é a Paraíba.