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Nas asas da Folia!

   Depois da alegria celebrada pela folia de Momo, faço uma reflexão simples e objetiva do que é verdadeiramente ser […]

   Depois da alegria celebrada pela folia de Momo, faço uma reflexão simples e objetiva do que é verdadeiramente ser um folião ou um pseudo “Zé Pereira” da liturgia do povo, verdadeiros sanguessugas da sabedoria popular e das manifestações de massa.    É necessário que a cidade saiba quem realmente tem compromisso ou está antenado com os delírios provocados pelas purpurinas e confetes lançados durante o carnaval.        

   Enquanto o Governador falou que ao invés de investir na cultura do “Pão e Circo” preferia fortalecer a saúde, a educação e a segurança do nosso povo, o que vimos na verdade foram seus assessores e pré-candidatos atrás de trios elétricos empunhando suas bandeiras de campanha e fazendo um verdadeiro estardalhaço nas avenidas em que os blocos desfilaram. Evidentemente ele não foi porque seria vaiado, mas fez questão de mandar a sua claque e seus correligionários, diga-se de passagem, todos subservientes e manipulados. Até aí tudo bem, faz parte dessas pessoas aproveitarem as manifestações de massas para dar seu “tchauzinho” bondoso de promessas amigáveis principalmente quando se trata de ano eleitoral. Mas será que esses eventos servem apenas de palanque para meia dúzia de aproveitadores que retiram a energia e a última gota de sangue de seus organizadores? Disso não posso concordar.  Se ao menos a saúde, a educação e a segurança estivessem em céu de brigadeiro, tudo bem justificar a falta de apoio em detrimento a estas prioridades. Sabemos, porém, que esse não é o caso. A Paraíba vive a era do caos em praticamente todos os segmentos. Na saúde, são vários hospitais abarrotados de pacientes sem nenhuma atenção e muitos deles morrendo nos corredores por falta de atendimento. Os PSFs continuam sem médicos e uma simples ressonância magnética demora até um ano para ser realizada. Filas para cirurgias, medicamentos vencidos e jogados no lixo e a falta de assistência é o retrato que hoje vive a saúde de nossa cidade e do nosso estado. Em relação à educação, seguimento essencial para o desenvolvimento de uma nação, a situação não é diferente. Colégios e mais colégios sendo fechados e professores demitidos sem nenhuma justificativa plausível. Creche sem funcionar, merenda envolvida em escândalos, falta de fardamento escolar, livros superfaturados, um verdadeiro caos.  Já na segurança vivemos a triste cena de sermos a segunda cidade mais violenta do país. Precisa dizer mais alguma coisa?  Essa é a realidade nua e crua de um governo que tem como prioridade a falta de sensibilidade e discrimina segmentos importantes de uma sociedade, inclusive a cultura, que tanto o ajudou na sua escalada de poder.  

    Visivelmente falido, o Estado sobrevive unicamente da cooptação de pessoas chaves e lideranças abarrotadas de dinheiro e salários muitas vezes desnecessários ao funcionamento da máquina governamental, seja ela municipal ou estadual. É dessa forma que tentam permanecer no poder, comprando a consciência de muitos e passando por cima de outros. A Paraíba vive isso! Infelizmente!

   O certo é que, independente da lógica governamental empregada, a Paraíba entra num retrocesso cada vez mais visível quando se trata de apoio a grandes eventos populares do Estado. A meu ver, o carnaval Tradição, as Muriçocas do Miramar, o projeto Folia de Rua, o São João de Campina Grande, o Encontro da Nova Consciência, o Fenart , a Procissão da Penha, o Circuito do Frio e os eventos de grande porte já consolidados, sejam eles na capital ou no interior, deveriam ser carros chefes como produto turístico de nosso Estado. E não me venham dizer que falta profissionalismo ou visão empresarial dos organizadores. Ora, todo e qualquer evento aberto e que eleva o nome da Paraíba deveria sim ter a cumplicidade do Governo. Se não quer entrar com verba pública que facilite os caminhos através de seus fornecedores e parceiros, possibilitando apoio e patrocínios, viabilizando os projetos e criando novas possibilidades e não simplesmente virar as costas como se tem feito ultimamente. Essa cumplicidade infelizmente não acontece na nossa destemida e ainda acanhada Paraíba. E na certa isto nunca acontecerá, pelo menos nesta gestão.  Muito pelo contrário! Cada vez mais estamos órfãos do poder público que ignora estes movimentos criados pela espontânea vontade do nosso povo. É lastimável não querer enxergar isso!

   Enquanto foliões guardam suas fantasias na memória fotográfica do tempo o governo junta os cacos de uma administração completamente equivocada, sem pé nem cabeça, tentando justificar mentirosamente que está fortalecendo os serviços essenciais da população como a saúde, educação e segurança. O povo sabe, no entanto, que isso não é verdade!

 

  

 

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