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Um exército que caminha para várias baixas durante a batalha política. O cidadão que sempre foi acostumado a ganhar e até nas perdas tem soldados que comemoram um julgamento onde a condenação já é anunciada.
Amanhã (03) o TRE retoma o julgamento da representação 207 contra o ex-governador Cássio Cunha Lima. O placar até agora, 4 votos a zero. De acordo com o processo, impetrado pela Coligação "Paraíba de Futuro", Cássio, no período em que chefiou o Executivo estadual, teria realizado no ano de 2006 despesas com publicidade dos órgãos da administração direta e indireta em valores que excederam a média dos gastos com publicidade dos anos de 2003, 2004 e 2005.
Em 2003 foram R$ 6.419.010.04; em 2004, R$ 16.097.442,42 e em 2005, R$ 24.614.344,54. Já nos seis primeiros meses de 2006, os gastos somaram R$ 22.251.038,45.
De uma hora para outra, Cássio vem acumulando derrotas. Demonstra ser forte, pois quando cumpriu a sentença da inelegibilidade de 3 anos com seus direitos políticos cassados, veio a Lei da Ficha limpa, que lhe atravessou novamente o caminho e lhe colheu feito um trem com 50 vagões. Nem tempo de respirar, outro julgamento, agora por excesso de gastos com publicidade nos primeiros 6 meses de 2006, ano eleitoral.
Tem gente que ainda comemora a diminuição da inelegibilidade de 8 para 3 anos. Vão-se os anéis, ficam os dedos. Essa história faz lembrar a vitória na Batalha de Ásculo, comandada por Pirro (Epíro). Na retomada foram parabenizar o general pela vitória conseguida com muitas baixas para seu exército, que de pronto respondeu: "Mais uma vitória como esta, e estou perdido."
Clilson Júnior
Radialista, Jornalista e Blogueiro, atuou em vários programas de rádios em João Pessoa e foi diretor comercial da Rede Estação Sat em Pernambuco
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