Não se fala em outra coisa na politica local, senão em um tal de Azevedo pra cuidar da militância bovina do PSB de Coutinho. Só que não perceberam que Coutinho é cético e joga o jogo do marketing eleitoral ao pé da letra. É tudo muito simples!
Em 2012, Coutinho teria a prefeitura de João Pessoa nas mãos, sem esforço algum, caso mantivesse a aliança umbilical histórica com Luciano Agra. Agra era o candidato natural do seu grupo e partido, para arrebatar a prefeitura da capital naquela eleição. Só que Ricardo não segue a lógica dos bajuladores e sempre surpreende nas suas escolhas, mesmo tendo que pagar um preço alto.
Ricardo optou pela teoria pernambucana da “ascensão do anônimo”, já que em sua visão, existia uma rejeição para nomes manjados da política, e o melhor, na sua leitura era apostar no “ricardo de saia” – Estela, já que Agra andava mergulhado em uma chuva de denúncias.
Estela não foi prefeita, sequer chegou ao segundo turno, – não por incompetência, mas devido um cenário do momento onde candidaturas com os nomes de Cícero Lucena e José Maranhão fizeram equilibrar o jogo eleitoral. Agra conseguiu se vitimar e seus eleitores confiaram no seu candidato, o outro Luciano.
Hoje a insinuação é que Ricardo estaria preparando outro anônimo para a disputa de 2016. Não se engane. Ricardo não comete dois erros na mesma sequência, pois sabe que ninguém jamais ouviu falar nesse Azevedo.
Azevedo vem da escola de Expedito Pereira de Bayeux, trazido para a gestão socialista pelas mãos de Francisco Barreto. Azevedo se destacou administrativamente com técnico faz tudo do Mago ao provar que era mais fiel e confiável que Ricardo Barbosa. Erroneamente avaliam que Azevedo não tem rejeição: é claro, ninguém rejeita aquilo que não conhece e para aqueles que apostam que Ricardo quer repetir o que fez Eduardo Campos com João Câmara, pode tirar o cavalinho da chuva. Ricardo não pode errar em 16, pois sabe ele que seu futuro político volta a depender da força das grandes cidades em 18.
Se Ricardo ignorar esse fato, dificilmente seu candidato conseguirá entrar na disputa do ano que vem, e para quem se frustrou em 2012 com toda força da máquina na mão, não se erra duas vezes. Ricardo não quer correr risco de outra vacilada eleitoral e vem preparando Estela. Lançou Azevedo subliminarmente como um boi de piranha ou balão de ensaio, pois sabe que além de limitado, não consegue juntar três palavras em uma única frase em uma conversa inteligente. Azevedo entende muito de licitações, obras, medições, acertos e concreto. De política, zero!
A candidata de Ricardo é Estela, personagem que tem o mesmo discurso do seu criador desde o início, em tudo. Anotem!
Clilson Júnior
Radialista, Jornalista e Blogueiro, atuou em vários programas de rádios em João Pessoa e foi diretor comercial da Rede Estação Sat em Pernambuco
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