Quem quiser entender como anda os bastidores da política pré 2010, tem que ler Ripongos X Yuppies, escrita por Dércio Alcântara [meu irmão] em seu Blog. Transcrevo abaixo o retrato perfeito do momento, movidos a improviso e desorganização que vivem maranhistas, ricardista e cicerista. Pense numa bagunça !
Uma guerra de estilos: ripongos versus yuppies
Dércio Alcântara
Se de um lado o amadorismo ripongo do staff ricardista mantém fora da alça de mira o target óbvio ululante, do outro o modus operandi yuppie da entourage maranhista funciona como poderoso imã que atrai com eficiência direita, esquerda e centro. Vou explicar melhor: a campanha de Maranhão é uma Hylux cabine dupla com reboque e a de Ricardo é um Fiat Strada Adventure com cabine estendida.
Trocando em miúdos: Maranhão sobe pela escada rolante e Ricardo pelo elevador de cargas; enquanto um está sempre disponível o outro marca hora pra tudo.
E é aí que Cícero ganha fôlego para continuar na disputa. A blindagem de Ricardo e o layout daqueles que o cercam deixa o tucanato com um pé atrás.
Já há quem diga que vencer com Ricardo é a “vitória de Pirro”, aquela que, de tão sacrificada, de tão desgastada, de tão intransigentemente conquistada, praticamente não valerá a pena alcançar.
A história registra a vitória de um rei que indo ao campo de batalha, para vislumbrar o cenário da derrota do inimigo, lá encontrou seu exército também tão destroçado, que lamentou amargamente o resultado do confronto. Daí o termo “vitória de Pirro”.
Na Paraíba tem tucano cerrando o semblante antes de dizer que Ricardo Coutinho é a melhor opção. E isso só acontece por culpa da sisudez do prefeito de João Pessoa e pela empáfia de alguns dos seus interlocutores.
Ricardo é como filho adotivo, senta à mesa com a família, mas não é puro sangue.
Aproveitando-se desse calcanhar de Aquiles os estrategistas da campanha peemedebista contratacaram com um Zé Maranhão cada vez mais light.