Clilson Júnior

Ricardo e Cássio: 6 minutos para romper!

Voltar ao assunto do rompimento entre Cássio e Ricardo me nutre pelas evidências. Em março de 2009, quando ninguém falava […]

Voltar ao assunto do rompimento entre Cássio e Ricardo me nutre pelas evidências. Em março de 2009, quando ninguém falava que Cássio deixaria Cícero na mão e se juntaria com Ricardo Coutinho, eu escrevi o rompimento e união a partir de evidências da época. Acertei na mosca.

 

Estou convencido que existem ruídos, incômodos, disputas e brigas, que por enquanto acontecem nos bastidores e ninguém tem a coragem de atirar a primeira pedra, explicitamente.

 

Peço encarecidamente que o amigo leitor escute essa entrevista concedida pelo vereador Napoleão Maracajá ao programa Fala Paraíba, na Tabajara FM, rádio oficial do governo da Paraíba. Quem conhece de rádio, ao escutar vai primeiro perceber que o vereador foi convidado e por telefone desceu a madeira por seis minutos generosos, desnudando a administração de Romero Rodrigues (PSDB), prefeito de Campina Grande.

6 MINUTOS DE ENTREVISTA DO VEREADOR NAPOLEÃO MARACAJÁ NA RÁDIO TABAJARA EM CADEIA COM MAIS DE 30 RÁDIOS PARA TODA PARAÍBA.

 

Quem entrevista é Célio Alves, um dos melhores entre todos os comunicadores da Paraíba e principal assessor, seguidor e adorador de Ricardo Coutinho. Se Célio abriu generoso espaço – o que não é comum na Tabajara, para alguém destilar críticas ásperas contra a administração de Romero Rodrigues, na verdade os 6 minutos representa recado direto a família Cunha Lima, assim como quem diz, “se correr o bicho pega!”.

 

Só mesmo um besta que não quer ver que esta aliança já se foi.

 RC

 

É bom lembrar que a ação foi orquestrada, e isso prova que Ricardo não anda “nem aí” com a possibilidade de Cássio partir. Na verdade, e com razão, o Mago acredita que não pode depender da vontade e do humor do senador tucano, e para isso recebeu  no dia  16 do mês passado, na Granja Santana, a visita do vereador Napoleão Maracajá, com quem conversou demoradamente. Na tarde de ontem Napoleão ganhou prestigioso espaço na rádio oficial do Estado para sentar a lenha em Romero Rodrigues, aliado e primo de Cássio Cunha Lima.

 

Maquiavel dizia que na guerra pelo poder o “Príncipe” teria que saber com quais armas iria defender o seu estado. Um dos questionamentos de Maquiavel era provocar em cada Príncipe a habilidade de descobrir se o seu exército era formado por fiéis soldados, auxiliares mistos ou mercenários. Dizia Maquiavel que os mercenários e os auxiliares mistos, em uma guerra são um exército inútil e perigoso. “… se alguém tem o seu Estado apoiado nas tropas mercenárias, jamais estará firme e seguro, porque elas são desunidas, ambiciosas, indisciplinadas, infiéis; galhardas entre os amigos, vis entre os inimigos; não têm temor a Deus e não têm fé nos homens, e tanto se adia a ruína, quanto se transfere o assalto; na paz se é espoliado por elas, na guerra, pelos inimigos” avisava Maquiavel.

 

Traduzindo: quem tem auxiliares mercenários não tem nada e agora, na hora da verdade Ricardo quer saber com quem poderá contar na próxima batalha.

 

Ricardo aprendeu como se deve agir numa situação tensa como essa. “Quando seja louvável em um príncipe o manter a fé (da palavra dada) e viver com integridade, e não com astúcia, todos compreendem; contudo, vê-se nos nossos tempos, pela experiência, alguns príncipes terem realizado grandes coisas a despeito de terem tido em pouca conta a fé da palavra dada, sabendo pela astúcia transtornar a inteligência dos homens; no final, conseguiram superar aqueles que se firmaram sobre a lealdade“.

 

 

Quando outubro chegar, esse “moído” acaba de vez!

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