Goiaba, uva, mangaba, amendoim, tapioca… Picolé de Manga. Tinha que de ser manga mesmo. Deus criou o mundo em sete dias e no oitavo dia de administração, Cartaxo anunciou que o carnaval de João Pessoa vai ser “pipoco de trovão” a começar por seu próprio umbigo, já que resolveu contratar a decadente baiana Daniela Mercury para animar seu bloco carnavalesco com dinheiro público.
Luciano começou mal, pois ao invés de pagar o décimo quarto dos professores, optou por pão e circo para o povo, só que, na contramão. Serão mais de R$ 2,1 milhões, disponibilizados para o Carnaval 2013, enquanto os PSFs e professores aguardam o recebimento de um direito que tornou-se calote. A baiana que tem uma carreira decadente, cobra por ai quase meio milhão de reais para se apresentar em eventos públicos, já no bloco particular do prefeito de João Pessoa, vem por R$ 80 mil.
O que mais chama a atenção é que Maurício Burity, da Funjope, declarou no programa de Samuka e Emerson Marchado, que ele mesmo fez questão de contratar Daniela para o bloco do prefeito de João Pessoa, diretamente junto ao empresário da baiana por R$ 80 mil, sem qualquer processo legal ou dispensa de licitação, como diz a regra da transparência pública. No meio da entrevista, outra saia justa, trapalhada de início de administração, desta vez, o Secretário de Comunicação Marcus Alves, por recado, desmentiu o presidente da Funjope ao declarar que Daniela não teria sido contratada pela Prefeitura de João Pessoa e sim, pelo bloco particular do prefeito. Afinal, quem fala a verdade sobre a contratação de Daniela? É a prefeitura ou o bloco do prefeito que pagará o cachê da baiana?
Esta não é a primeira vez que Cartaxo e o Picolé de Manga se envolvem em denúncias. Quando era vice-governador, foi acusado de beneficiar o bloco carnavalesco com dinheiro público. Durante a última campanha eleitoral, o guia da candidata Estela Bezerra trouxe documentos que apontaram para uso de dinheiro público em benefício do bloco carnavalesco. Segudo a denúncia, foram feitos pagamentos direcionados ao Picolé de Manga pela Empresa Paraibana de Turismo (PBTur) , no valor de R$ 120 mil (empenho número 126), destinado ao show da cantora Elba Ramalho, atração do bloco no Folia de Rua 2010.
O próprio Jornal da Paraíba, do dia 23 de maio de 2010, mostrou uma investigação do Tribunal de Contas do Estado sobre um suposto ‘Foliaduto’ com recursos da PBTur.
Moral da história: Cartaxo quando não na entrada, na saída, ou seja, os indícios de picaretagem começaram com a folia de momo.
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Clilson Júnior
Radialista, Jornalista e Blogueiro, atuou em vários programas de rádios em João Pessoa e foi diretor comercial da Rede Estação Sat em Pernambuco
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