Clilson Júnior

Padre marcado para morrer

As denúncias que o deputado Luiz Couto  fez ontem na tribuna da Câmara Federal, me faz lembrar bastante a narrativa […]

As denúncias que o deputado Luiz Couto  fez ontem na tribuna da Câmara Federal, me faz lembrar bastante a narrativa semidocumental da vida de João Pedro Teixeira, líder camponês da Paraíba, assassinado em 1962.

 

Os personagens são outros, e envolve diretamente a estrutura policial e de segurança da Paraíba que segundo o Padre, arquitetou um esquema criminoso para assassiná-lo.

 

Segundo o Padre, um agente teria feito à condução R$ 300.000,00 numa caminhonete do GPOE – Grupo Penitenciário de Operações Especiais da Paraíba, pertencente à Secretaria de Penitenciária do Estado, quantia essa que seria o prêmio pela execução de sua vida.

 

 

O Padre Couto, denuncia também Walber Virgulino da Silva Ferreira, Secretário da Administração Penitenciária do Estado da Paraíba.

 

A denúncia é grave.

 

Leia o discurso do Padre Couto e escute o áudio.

 

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

O SR. LUIZ COUTO (PT-PB. Pronuncia o seguinte discurso.) – Senhor Presidente, Senhoras Deputadas e Senhores Deputados. Na última quinta-feira, 26 de setembro, estávamos aqui em Brasília cumprindo com nosso dever de representar o povo brasileiro nesta casa e também para, junto com outros colegas, recebermos a homenagem promovida pelo site Congresso em Foco. Mas, enquanto estávamos aqui, lá na Paraíba à Secretaria de Segurança Pública detectava através de seu serviço de inteligência que dois matadores alagoanos estariam em João Pessoa para atentar contra vida de dois militantes no combate ao crime organizado: A mim e a companheira Valdênia Paulino que éOuvidora de Policia do nosso Estado. Eles seriam contratados por 500 mil reais e a transação destes valores teriam sido articuladas pelo ex-policial militar Luiz Quintino de Almeida Neto, que foi expulso da PM paraibana em consequência das inúmeras denúncias feitas pela ouvidora de polícia da Paraíba, Valdênia Paulino e pelo Deputado Federal Luiz Couto. Luiz Quintino de Almeida Neto foi preso durante a operação Squadre. Quando desci no aeroporto Castro Pinto, para a minha surpresa e susto, além dos policiais federais que fazem a minha segurança, também havia uma escolta de policiais militares. Fui imediatamente notificado pela Superintendência Regional da Polícia Federal para suspender todas as atividades públicas previstas para o final de semana porque, palavras textuais do delegado responsável e subscritor do documento, havia uma majoração do risco à integridade físicadeste parlamenta. Segundo denúncia que recebemos parte deste dinheiro no valor de 300 mil reais teriam sido transportados em uma viatura da SEAP – Secretaria de Administração Penitenciaria da Paraíba – e cujo motorista da viatura tratava-se do agente penitenciário de nome Dinamérico Cardim. Segundo a denúncia este agente teria feito à condução do montante de dinheiro numa caminhonete do GPOE – Grupo Penitenciário de Operações Especiais da Paraíba, pertencente àSecretaria de Penitenciária do Estado. Este Grupo policial é subordinado diretamente a pessoa do Secretário da Pasta e que só ele poderia determinar a saída e o deslocamento deste grupo. De acordo com a mesma denúncia o Senhor Dinamérico Cardim possui em sua guarda um Fuzil IBEL, calibre 762, customizado, com luneta de longo alcance, tripé metálico e munição calibre 762. Outra denúncia que recebi é que no dia 13 de setembro deste, durante o lançamento da revista jurídica, ocorrido na casa de recepções Requinte em João Pessoa – PB, promovido por uma entidade de classe da polícia civil do Estado, o Senhor Walber Virgulino da Silva Ferreira, atual Secretário da Administração Penitenciária do Estado da Paraíba, durante a festa, detratou o secretário de segurança publica Dr. Cláudio Lima, afirmando que o mesmo estava com o povo de direitos humanos, que ele era um covarde junto do Deputado Luiz Couto, Sargento Pereira e da Ouvidora de Polícia Valdênia com as seguintes palavras: aquele padre safado quer me prejudicare também as palavras ofensivas contra a Dra. Valdênia como aquela rapariga da Ouvidora Valdênia.

Quando foi chamada atenção por presentes da festa para que o Secretário Walber Virgulino que se contivesse nas palavras ele teria afirmado que não tinha medo e que seria o próximo secretário de segurança pública do Estado da Paraíba e as coisas iriam mudar. Outra denúncia que recebi éque o atual delegado e Secretário da administração penitenciária, Walber Virgulino, teria visitado a primeira superintendia de polícia civil da Paraíba e prometera soltar o sargento Arnóbio, assim que ele for nomeado Secretário de Segurança Publica da Paraíba. De acordo com a denúncia, durante a visita o Delegado e Secretário da Administração Penitenciária da Paraíba mantivera contato com o preso Sargento Pereira Arnóbio Gomes Fernandes, que responde processos por envolvimento com grupos de extermínio na Paraíba. Segundo denúncia, durante a conversa com o sargento Arnóbio, o senhor Walber Virgulino informou ao Sargento Arnóbio que ele sairia dali porque ele seria o próximo Secretário de Segurança Pública da Paraíba. Enfim, solicito ao Governador do Estado da Paraíba, Ricardo Coutinho e a Superintendência da Polícia Federal da Paraíba que investiguem as denúncias a mim repassadas e que todos os fatos sejam apurados na forma Lei.

 

Era o que tinha a dizer.

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