Clilson Júnior

Operação “tartaruga chaves”

Em abril do ano passado registrei aqui neste mesmo espaço que nossos policiais militares, desde aquela época já haviam adotado […]

Em abril do ano passado registrei aqui neste mesmo espaço que nossos policiais militares, desde aquela época já haviam adotado a operação “tartaruga chaves”. Ninguém deu a mínima atenção e hoje estarmos bem colocado no ranking mundial de violência, já que João Pessoa é a nona cidade mais violenta do mundo e a cidade de Campina Grande, a vigésima quinta.

 

Na operação “tartaruga chaves” as ocorrências policiais são atendidas na mesma velocidade das promoções

Já virou coisa banal, neste fim de semana mais caixas eletrônicos  foram para os aires e o número de homicídio registrado pela imprensa faz inveja a qualquer Beirute em tempo de guerra. Estamos banalizados em meio à onda de violência que tem enlutado diversas famílias da Paraíba, um novo fato revela-se como ainda mais complicado para solucionar o problema da falta de segurança no Estado.

 

Vários militares, com apoio de alguns oficiais, em vários batalhões, adotaram uma “greve branca”. Pergunte a praças e oficiais da PM que você vai confirmar a estratégia adotada. Trata-se da operação “tartaruga chaves” onde as ocorrências policiais são atendidas na mesma velocidade das promoções, ou seja, quase parando e ao bel prazer da viatura que recebe os chamados do CIOP.

 

Após adotarem a estratégia de “ocorrências no capô” da viaturas são atendidas de imediato, basta que o assalto aconteça na frente das viaturas.


Para complicar ainda mais, nesta manhã recebi via imail com os mandamentos que está circulando entre militares paraibanos, já em prática na PM de Brasília e adotado por policiais paraibanos como manual de sobrevivência. Diz o texto:

 

“A ordem é dirigir bem devagar e com cuidado, respeitando os 40 km na zona urbana

1. Nenhum PM vai correr risco de capotar ou se envolver em acidente, a ordem é dirigir bem devagar e com cuidado, respeitando os 40 km em via urbana para todos os atendimentos de emergência.

 

2. Nenhum PM deve usar seu celular pessoal para investigar ou buscar informações sobre um crime. Quem paga nossa conta telefônica não é o batalhão. Não pagaremos do nosso bolso para que o que foi roubado do seu fosse seja devolvido.


3. Nenhum PM deve atender acidentes de trânsito. Quem trabalha no Detran ganham mais do que os PMs para isso.


4. Nenhum PM deve coletar informações de crimes e descobrir os culpados. Investigar crimes é obrigação da Polícia Civil, que ganha quase o dobro de um soldado da PM na Paraíba.


5. Quando o rádio da viatura informar sobre um Pálio vermelho roubado, vamos abordar apenas aqueles de quem suspeitamos concretamente. É o que a lei determina. Paramos de abordar os Pálios pretos também, mesmo sabendo que os atendentes do CIOP vivem trocando essas cores..

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