Clilson Júnior

O que tenho, o que não tenho

Amadeu Robson Cordeiro     Esta semana, em virtude de alguns acontecimentos não esperados, tive que repensar alguns conceitos. As […]

Amadeu Robson Cordeiro

 

 

Esta semana, em virtude de alguns acontecimentos não esperados, tive que repensar alguns conceitos. As circunstâncias me fizeram sentar à mesa e, fazendo e refazendo as contas de casa, percebi que haveria, por força dos números, de deixar de honrar – por certo período – alguns compromissos. Mas, asseguro: com Deus, nem pensar! Plano de saúde atrasar é muito arriscado. O carro… Bem, o acréscimo vai ser alto. Enfim, virei e revirei e eis algumas sorteadas para uma pretensa negociação: universidade, telefone, cartão de crédito… Cheque especial. Enquanto corriam os números, rolava o noticiário na TV. Daí, em certo momento, pude observar a presença de alguns “mega-star” da política, do Poder, da bandidagem e da alta sociedade que, mesmo estando na posição de vidraça, em face dos seus desmandos, não perdem nunca a pose nem as regalias ofertadas pelo Poder.

 

Um empresário famoso (mantido com nosso dinheiro) tem seu carrão apreendido e guardado delicadamente sob as colunas do poder. Só falta uma escolta policial para a cena ficar mais cinematográfica. O político/administrador/sugador, “cítrico”, aquele que também faz as brechas da lei, caminha desenvolto, ciente da sua ampla e majestosa imunidade. É como disse certo jornalista: “As leis neste país são feitas e aplicadas por pessoas que esperam um dia serem presas”.

 

Sei que corro o risco do julgamento, mas, enfim, avaliando as minhas contas no vermelho e algumas injustiças a se perpetuarem, sinto-me ultrajado, pois, como pai de família e trabalhador, que só tem instinto assassino para matar moscas e pernilongos, que de criação conserva apenas uma gastrite (avessa a cítricos) e um casal de cachorros, não tenho como deixar de refletir sobre a assistência dada a alguns elitistas e a tantas outras autoridades blindadas pelo poder.

 

Assim, não por petulância, mas por direito, acho que minha família deveria ter também a proteção policial que eles têm; não por inveja, mas por um desvelado ciumezinho, gostaria de ter a mesma atenção do meu patrão superior, o que alguns deles já têm; não por despeito, mas por necessidade, gostaria de ter reconhecida e respeitada a minha categoria profissional, que muitos deles não têm… Mas obtém. Enfim, gostaria de ter a minha casa própria já quitada, de criar meus filhos com a segurança do meu trabalho, de não nos sentirmos ameaçados em nossas conquistas funcionais, de sentir que tudo valeu à pena. Por fim, asseguro que não gostaria de ter comida nem morada de graça; não gostaria de ter aparato nem segurança policial nas minhas caminhadas. Gostaria, sobretudo, do reconhecimento, da justiça e da minha ampla liberdade.

 

Por fim, dos transcritos de Walmyr A. Santos, também chego à conclusão de que a Paraíba é analógica moralmente e que alguns desses não têm algumas coisas que eu tenho e que me fazem agradecer a Deus e até pedir perdão pela comparação: eles não têm paz de espírito, embora pareçam serenos; eu tenho minha família junto de mim, e eles não; os amigos de fé deles são diferentes dos meus irmãos de fé, eternos companheiros de jornada. Eu tenho Jesus no coração.

 

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