Novo X Velho

Lembro agora de uma marchinha cantada por Nelson Gonçalves, em um LP (long Play) chamado “A Era Vargas”.

Diz assim: 

“O Brasil tem muito doutor,
muito funcionário, muita professora.
Se eu fosse o Getúlio eu mandava
metade dessa gente pra lavoura

Mandava muita loura plantar cenoura
e muito bonitão plantar feijão.
E essa turma da mamata,
eu mandava plantar batata!”

Todo mundo agora na política traz na ponta da língua o discurso de novo contra o velho, mesmo com as velhas roupas coloridas manchadas de baton do pagode da loirinha. Dados estatísticos surpreendentes fornecidos pelo IBGE revelaram que em 1999, no Brasil, o percentual de indivíduos com mais de 65 anos eram de aproximadamente 5% do total da população, e a previsão para 2025 é de chegar aos 19%, o que representaria um aumento de 156%. Na vida real da política, é mera ficção publicitária e erro estratégico querer polarizar o discurso de novo contra o velho. O povo claramente observa que muitos novos são velhos e muitos velhos são novos, no plano das ideias. 

Aviso aos navegantes: O Chinês Sun Tzu, diz que Estratégia sem tática é o caminho mais curto para a vitória. Tática sem estratégia é som antes da derrota. Já Lincoln dizia que nunca se conseguirá convencer um rato de que um gato traz boa sorte.

Os paraibanos que irão as urnas, por mais inculto que sejam, e não se impressionarão com ao discurso que o novo será a melhor opção, principalmente porque de novo aqui não existe nada. Se essa afirmação tivesse lógica, a experiência acumulada de nada valeria.

É bom lembrar que fazer política com abstrações é a mesma coisa que fazer amor pela internet, usando o Twitter.