Narcisos e Infiéis

Antropologicamente falando, os homens foram condenados a trair pela genética ? Parece que existe um DNA que nos faz geneticamente marcados a sermos eternamente traidores. É o que diz o cientista inglês, Doutor Robert Winston, em seu livro lapidar: O Instinto Humano. 

Na política é assim também. Os infiéis se atraem. Essa atração de Cássio por Ricardo, e de Ricardo por Cássio é levado pela força incoercível de um instinto político ancestral que leva no dia a dia, ambos a procurar sempre novas parceiras para nelas depositar suas cargas políticas degradante. Se Ricardo traiu seus princípios e sua história e Cássio vem de um histórico político de infidelidade que nos remetem a campanha de Serra, Alkmim, Cozete e Felix Araújo. Ninguém pode culpá-los absolutamente por nada, pois não são infiéis eventuais. 

É um caso político-genético. Cássio e Ricardo entraram na perigosa onda como Pilatos no Credo. Políticos infiéis, no fundo, não sabem o que fazem. Pagarão caro, pois inconsciente coletivo de um povo jamais perdoa qualquer tipo de traição. 

O político infiel, em sua maioria foi criado pela mídia, idealizado. Ele existe nos discursos de campanha e só. Não passa de uma imagem que dá a falsa impressão de possuir três dimensões da democracia. O infiel na política não tem consistência nem consciência social, por ser fruto de campanha de marketing. Os infiéis acima jamais foram forjados na jornada na luta diária da vida real, cheia de restrições. 

Os infiéis, mesmo escolhidos pelo povo trabalham nitidamente contra os interesses do eleitor, e individualmente reveza-se em más administrações. Apesar do brilho intenso que tiveram na mídia, ambos não tem luz própria. Sempre fizeram discursos que as promessas caíram no vazio, após cada eleição.