Contado por fonte que merece respeito, a nova história de aliança que está para acontecer na política da Paraíba deverá modificar todos os cenários políticos desenhados até hoje, visando às eleições municipais.
O relato que chegou a este colunista, diz respeito a encontros políticos acontecidos na noite de ontem, nas cidades de João Pessoa e Recife. O resultado deve mexer com as alianças, até hoje edificadas e demarcadas até este presente instante. O primeiro encontro aconteceu em João Pessoa, com a presença de um publicitário enviado por Ricardo Coutinho para uma conversa com o ex-governador José Maranhão. Escolhido a dedo para mediar esta primeira conversa com Maranhão, o publicitário teve a missão inicial de tentar selar uma costura para unir as forças do PMDB, PSB e PT, agora em 2012. Em linhas gerais, o acordo levaria a inversão de 2004, ficando o PMDB como cabeça (leia-se Maranhão) e o vice, uma indicação de confiança de Ricardo Coutinho. A engenharia teria recebido o aval, endosso e assinatura do deputado Luiz Couto, que seria beneficiado como candidato “único” do novo grupo, à única cadeira do Senado em 2014.
Em Pernambuco, outro encontro, desta vez com pessoas ligadas ao governador Eduardo Campos, que após diversas avaliações, teria concordado com a costura paraibana, depois de terem matematicamente provas de que até junho não teriam candidatura competitiva em João Pessoa e em Campina Grande.
Durante a reunião, um dos pontos mais discutidos amplamente foi o afastamento do senador Cássio Cunha Lima, no momento de tantas dificuldades enfrentadas pelo governo Ricardo nesses primeiros 15 meses de administração. “Vão-se os dedos ficam os anéis, vão-se os falsos ficam os fieis”, teria dito Ricardo ao autorizar o enviado para a conversa com Maranhão. Ricardo teria tomado conhecimento da aproximação de Cássio com Veneziano, através de Vital do Rego, em Brasília.
Esta não é a primeira tentativa de reaproximação e conversas para promover a composição do PMDB com a ala governista na Casa Epitácio Pessoa. Deputados do PMDB não assumem, mas em OFF dizem abertamente que entre Maranhão e Ricardo há mais motivo para uma reaproximação do que para uma separação entre o bloco ricardista.
No ano passado, o próprio chefe de gabinete de Ricardo revelou que já havia mantido diversas conversas com vários deputados no legislativo: Frei Anastácio, Luciano Cartaxo e Anísio Maia que tem a mesma raiz de Ricardo Coutinho nos movimentos sociais. Devemos lembrar que Gervásio, o pai, foi o super secretário e articulador do Governo de RC. Ainda em 2008, o coordenador geral da campanha de Ricardo Coutinho foi Gervásio Filho.
O recado de Ricardo para Maranhão foi revelado em apenas uma frase:
“Maranhão, aquilo que nos une é mais forte do que aquilo que nos separa”.