Nenhum ditador é bom, assim como nenhuma ditadura. Ele como político é mais que tudo de ruim junto que o ser humano pode produzir. E este homem conseguiu vencer primeiramente a si próprio (seus interesses pessoais) e conseguiu fingir que iria amar o próximo e fazer o bem em primeiro lugar. Às vezes imagino que durante a noite ele olha para o céu e pergunta: – Porque o vaticano canoniza santos que a grande maioria de nós nem sabemos quem foi, e sempre se esquecem de mim?
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”Ela acreditava em anjos e, porque acreditava, eles existiam”, quando leio esta frase de Clarice Lispector, lembro-me automaticamente das vítimas deste personagem da política paraibana que por força da Lei não posso cravar aqui o seu nome. Vou chamar de “Coisa Ruim”. Coisa Ruim age seguindo a lógica da fábula do “Sapo e o Escorpião”, que se fosse da época teria sido um bela homenagem Coisa Ruim, que atrai aliados para meter o ferrão quando não mais precisa.
– Certa vez, um escorpião aproximou-se de um sapo que estava na beira de um rio. O escorpião vinha fazer um pedido: “Sapinho, você poderia me carregar até a outra margem deste rio tão largo?” O sapo respondeu: “Só se eu fosse tolo! Você vai me picar, eu vou ficar paralisado e vou afundar.” Disse o escorpião: “Isso é ridículo! Se eu o picasse, ambos afundaríamos.” Confiando na lógica do escorpião, o sapo concordou e levou o escorpião nas costas, enquanto nadava para atravessar o rio. No meio do rio, o escorpião cravou seu ferrão no sapo. Atingido pelo veneno, e já começando a afundar, o sapo voltou-se para o escorpião e perguntou: “Por quê? Por quê?” E o escorpião respondeu: “Por que sou um escorpião e essa é a minha natureza.”
Gostaria que houvesse uma forma grandiosa de sempre mantermos a memória das vítimas que se livraram Coisa Ruim, pois não temos mais pessoas como Schindler, mas se tivéssemos poderíamos mudar alguma coisa na vida de pelo menos uma pessoa.