Clilson Júnior

A merendinha de João Pessoa

Email: [email protected] twitter.com/clilsonjr Contato: (83) 8816-5662   Em dezembro enviei correspondência eletrônica ao então prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho. […]

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Contato: (83) 8816-5662

 

MerEm dezembro enviei correspondência eletrônica ao então prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho. Como nunca obtive resposta, resolvi publicar naquele dia no Blog do Clilson. No dia seguinte, foi feita a licitação. Não poderia, mas foi feita. Estranhamente 30 dias após cancelamento do primeiro pregão 048/2008 realizado em novembro. Aqui quando se faz uma denúncia, visando contribuir, é visto como adversário. Acredito que esse tipo de comportamento não colabora com a democracia.

Sempre fui contra a licitação da merenda, já que desde o primeiro momento do processo licitatório, foi dado o aviso que a empresa envolvida tem, um rosário de denúncias em todo o Brasil, inclusive, seu dono foi preso meses atrás, acusado de chefiar a “máfia da merenda no Brasil”. 

Mais de quatrocentas micro-empresas que forneciam merenda para as escolas municipais no modelo de descentralização da merenda, ficaram de fora dessa fatia do orçamento da merenda, beneficiando assim uma única empresa que não é modelo para nenhum município do Brasil.

Outro detalhe. Foram quase 1.170 trabalhadores da rede municipal de ensino, que ocupavam funções de merendeiras e auxiliares de merenda e de serviço, que hoje perambulam pelas secretarias das escolas ou foram demitidos. 

Outra coisa que me deixa com a pulga, o carrapato e uma boiada atrás da orelha, diz respeito ao papel do Ministério Público da Paraíba que nesse dois anos abriu investigação e jamais deu respostas à população sobre as denúncias.

Em dezembro de 2008 o Jornal Correio da Paraíba publicou um nota do Sindicado dos Entrepostos Comércio e Indústria de Carnes do Nordeste (Secican) revelando um esquema que pode se configurar num dos maiores escândalos da administração municipal de João Pessoa.

O Sindicato antecipou a empresa vencedora do Pregão Presencial 048/2008, destinado ao fornecimento de merenda escolar. Segundo a entidade, uma empresa de São Paulo venceria a licitação, com a cobertura de mais ou duas também de São Paulo.

Segundo a nota publicada na época, a licitação seria viciada na prefeitura de João Pessoa, já que o preço do contrato foi combinado antes da abertura do Pregão, ficando entre R$ 1,60 e R$ 1,70 por merenda, quando o preço praticado nas empresas atuando no Nordeste não passa de R$ 0,90.

“A diferença da descaração é um superfaturamento em torno de R$ 0,70 que multiplicado por um milhão e oitocentos e dezesseis mil e oitocentos reais, refeições mês, resulta em um valor R$ 1.271.760,00 por mês de superfaturamento”, declarou Alexandre Nogueira, presidente da Secican.

A nota foi finalizada com uma frase do líder Martin Luther King sobre o silêncio diante de atos criminosos
.
Nossa geração não lamenta tanto os crimes dos perversos quanto o estarrecedor silêncio dos bondosos”.

Estamos de olho.

Correio

 

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