Aline Lins

Guerra de CPIs na Câmara de JP e na Assembleia

Oposição na Assembleia consegue encurralar deputados de situação, que não podem investigar obras da Lagoa por causa da CPI do Empreender

Guerra de CPIs na Câmara de JP e na Assembleia

CPIs perdem prazo na Assembleia — Foto:Walla Santos

O pedido da oposição, renovado este ano pelo deputado Dinaldo Filho, para instalar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Empreender na Assembleia Legislativa deixou os deputados da situação num beco sem saída. 

Apesar do desejo de criar uma CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) para apurar as irregularidades nas obras da Lagoa, só pode funcionar qualquer CPI na Assembleia agora se for colocada para funcionar a do Empreender, que encabeça a fila, depois que as CPIs dos Pardais (controladores eletrônicos de velocidades) e do Telemarketing embora autorizadas perderam o prazo regimental de 80 dias para funcionar. A situação alega que a culpa foi da oposição que não indicou os membros. A oposição alega que não precisa de indicação da oposição para ser instalada CPI.

O primeiro pedido da CPI do Empreender foi arquivado por causa das CPIs dos Pardais e do Telemarketing – que perderam a validade. Apenas três CPIs podem funcionar na Assembleia. 

Instalada e funcionando mesmo somente a da Telefonia, que virou o ano e até já ampliou o foco para TVs a cabo e internet, e só não tem mais prorrogações que a Lava Jato. 

O deputado Renato Gadelha disse que vai tentar novamente fazer pressão para destravar as CPIs que estão engavetadas na Assembleia Legislativa da Paraíba. A CPI do Empreender foi proposta para investigar o suposto uso eleitoral do programa na campanha de 2014. 

Em ano eleitoral, chove CPI e é um prato cheio na campanha. 

Na Câmara Municipal de João Pessoa também já se acumulam quatro CPIs – uma contra o prefeito Luciano Cartaxo e tem três contra Ricardo Coutinho –, mas o presidente da Casa, Durval Ferreira (PP), não tem pressa para instalar porque tem utilizado a Assembleia Legislativa como parâmetro: “Quatro CPIs que entram na Casa não faz nem 15 dias e nós temos CPI por aí que faz um ano, seis meses, oito meses, e eu não vejo vocês tão preocupados com essas CPIs”, disse Durval, que pontuou ainda: “Nós estamos num período eleitoral, e eu não posso de forma alguma abrir CPI para dar um suporte eleitoral a A ou a B”. 

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