Se viessem dizer uma coisa dessas, sem provas, eu tiraria logo de tempo: “deixa de anedotas, folha de ouro para usar na restauração de móveis antigos?”
Todavia foi por fonte confiável e acompanhada de provas que recebi a notícia de que a administração pública contratou um profissional especializado, pelo valor de R$ 53.975,00, para fazer o trabalho de restauração, com a aplicação de folhas de ouro nos móveis antigos. Sem falar no custo das folhas de ouro, tradicionalmente utilizadas no processo de decoração de objetos.
Então deve ser um museu ou uma galeria de arte, alguns pensariam, por guardar compatibilidade e ser inerente às suas respectivas finalidades.
Quem dera fosse. O ouro na verdade é para restaurar o mobiliário antigo que compõe o Salão Nobre e o Pleno do Tribunal de Justiça da Paraíba, que possuem peças suntuosas e até opulentas.
Se não tivesse visto no Diário da Justiça de 07 de outubro (página 06) o processo administrativo com o termo de ratificação da inexigibilidade de licitação, eu seguiria duvidando: “se o tribunal afirma não ter orçamento sequer para reajuste de servidores…”
O ato foi denunciado pela Astaj-PB na noite desta quinta-feira (08), em nota publicada no site da entidade, em tom de indignação, em função do discurso dos gestores do tribunal apontando permanentes dificuldades financeiras, frente à pauta salarial e às necessidades do primeiro grau.