Confusão à vista. O Conselho Universitário da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), se reúne às 11h40 desta sexta-feira (5) para discutir as regras da consulta à comunidade universitária que acontece neste primeiro semestre para indicar o próximo reitor da UFPB, a ser nomeado pela presidente da República. Na pauta da reunião está uma proposta para que os empregados da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que presta serviço ao Hospital Universitário Lauro Wanderley, possa participar da votação na consulta eleitoral.
Os funcionários terceirrizados, da Ebserh, teriam supostamente apresentado um abaixo assinado para serem incluídos entre os votantes, que atualmente se restringe a professores, alunos e técnicos da universidade, na proporção de um terço para cada segmento.
Oposição à reitora Margareth Diniz, o professor Luís Júnior caiu em campo para denunciar a proposta como uma manobra para alterar o universo de votantes da UFPB, incluindo esses empregados do hospital, sem vínculo efetivo com a universidade, entre os eleitores da comunidade acadêmica.
Candidata à reeleição, Margareth lançou seu nome na disputa já no último sábado. Curiosamente, a reitora é da área da saúde. Ela é graduada em Farmácia e Medicina, especialista em Toxicologia Animal, Mestre e Doutora em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos e Pós-doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia(Renorbio). Atual Diretora do Centro de Ciências da Saúde(CCS) e presidente do Conselho Deliberativo do Hospital Universitário Lauro Wanderley(HULW), onde já exerceu a Diretoria Técnica.
Em 2012, as eleições para reitor da UFPB foram parar na Justiça, depois que questionaram o fato do processo ter ocorrido durante uma greve. Agora, às vésperas do início do processo todo, colocam na mesa do Consuni uma série de alterações. Outra mudança que será proposta nesta quinta-feira (5), a qual está presente na minuta de resolução a ser discutida pelos conselheiros, é para que as eleições sejam antecipadas para o mês de abril. Em 2012 o processo todo ocorreu em maio e início de junho. A desculpa é viabilizar o pedido de urnas eletrônicas à Justiça Eleitoral. O Consuni é formado por 45 conselheiros e presidido pela reitora.