Após sete meses da demolição de uma parte da Associação dos Moradores da Comunidade Bancária e Universitária – AMCBU, no bairro dos Bancários, a Prefeitura de João Pessoa só hoje deu início à obra de Base Comunitária dos Bancários, que em julho do ano passado gerou conflitos entre a referida associação, a prefeitura e o Governo do Estado, que pretendia instalar no local um Distrito Integrado de Segurança Pública (Disp). Nada de Disp ainda. Se o Governo tivesse encarado a briga a unidade estaria de pé, como vimos no caso do Trevo de Mangabeira. Obra incomparavelmente maior, é verdade.
Tivesse perdurado a mesma celeuma em torno daquela obra de mobilidade, quando a prefeitura foi lá e cercou com estacas parte do terreno destinado a ela, a obra não teria saído do canto. A prefeitura queria instalar no local uma estação do BRT, que ainda não existe.
Nesta manhã, os tapumes foram instalados no local da Base Comunitária dos Bancários por trabalhadores contratados pela prefeitura. Seja quem for que execute, qualquer iniciativa que leve segurança para o bairro tem grande significado, pelo motivo, que foi o sequestro de duas mulheres e um bebê no ano passado.
A administração municipal ainda não divulgou o prazo de conclusão da obra, que está a cargo da Secretaria de Segurança Pública e Cidadania. Esta coluna não teve êxito no contato com ambos os secretários, nem titular, nem adjunto.
A propósito, faltou a prefeitura informar na placa gigante instalada no local o valor e o prazo da obra, bem como a empresa contratada e a origem dos recursos, como determina a boa e velha transparência. É um direito do cidadão, uma obrigação do poder público.