PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS

Funcionários da Volvo começam a receber participação nos lucros da empresa

A Volvo está começando a pagar lucros para os mais de três mil funcionários da empresa

A Volvo começou a pagar na última sexta-feira (13) a participação nos lucros para os 3.500 funcionários da fábrica de caminhões em Curitiba, com alta de 66% sobre o valor obtido no ano passado, segundo o sindicato da categoria. Dividido em duas parcelas, sendo a segunda condicionada ao cumprimento de metas, o total a ser pago pode chegar a R$ 15 mil e foi definido após três dias de greve. “Fomos forçados, não houve negociação”, diz o diretor de recursos humanos da empresa, Carlos Morassutti. Entre as demais montadoras que já fecharam a PLR e anunciaram os valores, nenhuma vai pagar uma soma tão alta por funcionário neste ano.

Com 23 mil empregados no Brasil, a Volkswagen, que possui três fábricas de carros no país e mais uma de motores, conseguiu um acordo com os 5 mil funcionários de Taubaté (SP), onde fabrica o Gol e o Voyage, e os 13 mil de São Bernardo do Campo (SP), mas enfrenta uma negociação mais longa com os do Paraná. A fábrica de São José dos Pinhais, onde são feitos o Golf, o Fox e o CrossFox, está parada desde o último dia 5. De acordo com o sindicato, cerca de 6 mil veículos deixaram de ser produzidos até a última sexta. Procurada pelo G1, a Volkswagen não quis comentar o assunto.

Segundo os representantes dos metalúrgicos, a montadora ofereceu R$ 4.600 para a primeira parcela da participação nos lucros, mas a categoria pede R$ 6 mil e um mínimo de R$ 12 mil no total. No ABC e em Taubaté, a primeira parcela foi acertada em R$ 5.200 e começaria a ser paga também na última sexta. Segundo o sindicato de Taubaté, o valor é cerca de 21% maior do que o do ano passado.

Renault vê patamar ‘insustentável’
Com apenas uma fábrica no país, a Renault também já acertou a PLR de seus empregados, com aumento de 30% sobre o valor fechado do ano passado. O valor máximo a ser pago, agora, é de R$ 12 mil, em duas parcelas.

De acordo com o presidente da Renault do Brasil, Jean-Michel Jalinier, o acordo foi fechado neste patamar porque a empresa tinha como argumento a contratação de mais de mil funcionários para a criação do terceiro turno, anunciada na última terça (10). Se não fosse isso, o reajuste poderia ser ainda maior, diz o executivo. Mesmo assim, ele considera esse patamar prejudicial para a competitividade da indústria e diz ser insustentável um aumento deste tipo para o ano que vem.

“Estamos perdendo competitividade, é avaliada a possibilidade de investimento em outros lugares [países] que não nesta nesta planta”, diz Morassutti, da Volvo de Curitiba.

Descentralização
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) destaca a importância da “descentralização” das montadoras. O diretor de relações institucionais,  Ademar Cantero, lembra que antigamente só existiam fábricas no ABC paulista e agora há instalações em oito estados, em um total de 36 municípios. Segundo ele, isso possibilita negociar melhor os reajustes e buscar vantagens competitivas.

Em Goiás, estado que receberá a futura fábrica da japonesa Suzuki, outra montadora do país, a Mitsubishi, também acertou a PRL de seus funcionários ainda em 2010 para o período que vai até maio deste ano. Segundo o sindicato de Catalão, onde está a fábrica, a primeira parcela foi de R$ 2.300. Na média da produção, os trabalhadores deverão receber R$ 5.300 ao todo.

Também já foi definida a PLR na GM de Gravataí (RS), com a primeira parcela de R$ 3 mil a ser paga em junho e o restante em janeiro, chegando a R$ 6.200, ao menos, o que é 53% acima do obtido no ano passado, segundo o sindicato local. O total pode mudar conforme os resultados.  Nas fábricas de São Caetano do Sul, no ABC paulista, e de São José dos Campos (SP), a negociação continua e é feita de forma conjunta pelos sindicatos das duas cidades.

Em Betim (MG), a Fiat já havia acordado em outubro do ano passado o valor de R$ 4.741 de PLR a ser pago em duas parcelas, em junho deste ano e em janeiro de 2012, de acordo com o sindicato local. Isso representa 9% de reajuste sobre a PLR do ano passado e faz parte de um pacote que inclui R$ 1 mil de abono e aumento no salário de ingresso. Mas a organização, que diz representar 20 mil funcionários na planta de Betim, pretende renegociar o valor da PLR em virtude dos resultados positivos da montadora, líder em vendas no país.

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