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Existem cerca de 200 mil pontos de venda clandestinos de gás de cozinh

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O Brasil tem cerca de 200 mil pontos de venda ilegais de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP, ou gás de cozinha), de acordo com o superintendente de Fiscalização da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Jefferson Paranhos.

Em um seminário no Rio de Janeiro para discutir a comercialização ilegal de GLP hoje (28), Paranhos disse que a ANP não tem condições de fiscalizar o comércio clandestino de gás de cozinha no país sem o apoio de estados e municípios. “É impossível o governo federal estar em todos os estados se eles não nos ajudarem”, disse.

Para o superintendente, a venda clandestina do gás de cozinha não está entre as prioridades nas políticas públicas de segurança dos estados, apesar de oferecer um grande risco à população. Principalmente nos bairros mais afastados do centro das cidades é possível encontrar botijões de gás à venda em padarias, açougues, farmácias, bancas de revista e até mesmo em cima da calçada. Os locais de venda não apresentam nenhuma das condições de segurança estabelecidas pela ANP para a armazenagem ou comercialização do produto.

Segundo Paranhos, a agência precisa agir em conjunto com fiscais de posturas municipais e dos corpos de bombeiros dos estados para localizar os pontos de venda, coibir o comércio ilegal, e, ainda, esclarecer a opinião pública sobre o perigo e os prejuízos de adquirir os produtos na clandestinidade.

O Rio de Janeiro ocupa o terceiro lugar nas revendas piratas de GLP, com cerca de 10,5 mil pontos de venda irregulares. Em primeiro lugar nas vendas clandestinas está o estado Pará, seguido de São Paulo.

Jefferson Paranhos responsabilizou distribuidoras e, principalmente, revendedoras pelo abastecimento dos pontos ilegais de venda. “Alguém está distribuindo. Sejam as próprias companhias distribuidoras para capilarizar os postos de venda, sejam as revendedoras, para conseguir mercado em determinadas regiões fomentando o comércio informal para aumentar sua rentabilidade”, avaliou o superintendente.

O presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo, Sérgio Bandeira de Mello, admitiu que há áreas controladas pelo tráfico em que os caminhões das revendedoras de gás não entram. Ele também afirmou que em regiões perigosas, como no Rio e em São Paulo, por questões de segurança, os revendedores não atendem pedidos depois das seis horas da tarde, enquanto no mercado informal é possível obter o produto a qualquer hora do dia ou da noite.

O superintendente da ANP, Jefferson Paranhos, também considera importante que a população combata a clandestinidade. “Se a sociedade não for conscientizada, dificilmente os órgãos públicos vão conseguir mudar essa situação”. Ele salientou a necessidade de realizar ações educativas e de conscientização junto aos consumidores. “A sociedade tem que saber que ela está correndo um risco, porque o produto tem que ter normas de segurança para ser comercializado”.


Agência Brasil

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