O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Nelson Jobim, que deixou o cargo na semana passada para retomar seus projetos políticos, teria recebido do órgão quase R$ 28 mil de adicionais por viagens realizadas em 2005. De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, na maior parte das vezes, a ajuda de custo foi para viagens de caráter não-oficial e integralmente pagas pelos anfitriões.
Em 27 viagens, o convite teria partido de universidades particulares ou de associações. Jobim foi chamado para dar palestras sobre temas jurídicos, ser paraninfo de turma de formandos em direito, receber medalhas ou participar de jantares em sua homenagem. Por meio de sua assessoria, Jobim disse que não cobra para dar palestras, que as viagens tiveram caráter representativo e que, por isso, o recebimento de diárias foi absolutamente legal.
Após um cruzamento de informações registradas pelo Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), divulgadas na agenda do STF, o jornal apurou que Jobim fez pelo menos 32 viagens nacionais e quatro internacionais no ano passado.
“Se o presidente do STF teve todas as despesas pagas pelo organizador do evento, não tem motivo para receber diárias. É um contra-senso ser reembolsado por gastos que não teve”, disse ao jornal o juiz federal Newton Luís Medeiros Fabrício.
Terra
STF reembolsou Jobim por viagens pagas, diz jornal
None
Brasil
Brasil
Brasil
Brasil
Brasil