O terceiro corpo retirado na quinta-feira do microônibus soterrado no desabamento nas obras da Linha 4 (Amarela) do Metrô de São Paulo, no dia 12, é do funcionário público Márcio Alambert, de 31 anos. A informação foi confirmada pelo serviço funerário do município no início da manhã desta sexta (19).
Márcio era casado e tinha um filho. No dia do acidente, ele entrou no microônibus após saldar uma dívida de IPTU da Subprefeitura de Pinheiros. A carteira de habilitação dele foi encontrada no interior do microônibus.
Na tarde de quinta (18), foram encontrados no veículo os corpos do motorista Reinaldo Aparecido Leite, de 47 anos, e do cobrador Wescley Adriano da Silva, de 22 anos. O primeiro corpo a ser encontrado nos escombros do desabamento foi o da aposentada Abigail Rossi, de 75 anos, na madrugada de segunda-feira (15). Em seguida, na terça (16), foram retirados os corpos da bacharel em direito Valéria Marmit, de 37 anos, e na quarta (17), o do motorista de caminhão Francisco Sabino Torres, que trabalhava na obra.
Na madrugada, os bombeiros resgataram o microônibus dos escombros do Metrô. Com a retirada da carcaça do veículo, o Corpo de Bombeiros considerou encerrado o trabalho na área do desabamento.
De acordo com o coordenador metropolitano dos bombeiros, Coronel João dos Santos, a corporação considera a ocorrência encerrada e que não há hipóteses de que haja mais vítimas.
Para o coordenador metropolitano dos bombeiros, Coronel João dos Santos, o desaparecimento do contínuo Cícero Augustinho da Silva, de 60 anos, não está relacionado ao desabamento. Segundo ele, cerca de 60 pessoas são consideradas desaparecidas por dia em São Paulo.
Investigação
O secretário estadual de Segurança Publica, Ronaldo Mazagão, já esperava pelo término da operação de busca de vítimas. Ele lembrou que a conclusão desse trabalho irá facilitar o processo de investigação sobre as causas do acidente. “Estamos aguardando o resgate, até por uma questão de segurança, para iniciar a perícia propriamente dita”, disse.
Segundo Mazagão, a apuração das causas do acidente será complexa porque depende de laudos e avaliações periciais. “Antecipar qualquer resultado será prematuro. É fundamental o resultado do trabalho conjunto do Instituto de Criminalística (IC) e do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT)”, afirmou.
Folha Online