Na expectativa de ser um dos principais beneficiários do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) anunciado na segunda-feira pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o setor siderúrgico manifestou hoje seu apoio à iniciativa do governo e prometeu empenho pela aprovação das medidas no Congresso.
Em reunião com o presidente Lula nesta quarta-feira, o presidente do IBS (Instituto Brasileiro de Siderurgia), Luiz André Rico Vicente, afirmou vê com satisfação e otimismo o empenho do governo em promover maior crescimento da economia brasileira, e sinalizou que o setor poderá ampliar suas projeções de produção até 2010, dependendo do impacto que o pacote do governo produzir no setor de construção civil e infra-estrutura. Se o mercado responder, existem mais projetos a serem anunciados, disse.
Segundo ele, pautado no aquecimento do mercado externo, o setor deverá investir cerca de US$ 15 bilhões até 2010, ampliando a capacidade produtiva de 36,6 milhões de toneladas por ano para 50 milhões de toneladas no período.
Se queremos gerar emprego, empregar nossos filhos, temos que nos aliar ao governo, afirmou Vicente, que é vice-presidente da Gerdau Açominas.
O presidente do IBS explicou que o consumo de aço per capita no Brasil está estacionado em 100 kg por habitante/ano há 20 anos, enquanto alguns países registram consumo de uma tonelada. A expectativa do setor é a de que, com o crescimento da economia em níveis mais altos que os registrados nos últimos anos, o consumo brasileiro do setor deverá aumentar.
Além de Vicente, também participaram da audiência com Lula o presidente da Gerdau, Jorge Gerdau Johannpeter, o diretor presidente da Arcelor Brasil, José Armando de Figueiredo Campos, do diretor da Usiminas/Cosipa Renato Vallerini Júnior, entre outros representantes do setor.
Folha Online