Brasil

Senado deixa primeira decisão sobre salário para Câmara

O Senado deixou para a Câmara dos Deputados definir, em primeira mão, o novo reajuste nos salários de deputados e senadores que será votado em plenário nas duas

O Senado deixou para a Câmara dos Deputados definir, em primeira mão, o novo reajuste nos salários de deputados e senadores que será votado em plenário nas duas Casas Legislativas. A Mesa Diretora e os líderes do Senado não vão mais realizar reunião conjunta com a Câmara para discutir o novo valor dos salários.

Segundo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), os senadores vão esperar a deliberação dos deputados para depois decidirem sobre o reajuste no plenário. "A iniciativa é da Câmara. Vamos esperar a deliberação da Casa e decidir", afirmou.

Renan e o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), participam na manhã de hoje de uma missa no Salão Negro do Congresso para celebrar o final da atual legislatura do Parlamento, que termina na próxima sexta-feira. Após a missa, Aldo prometeu reunir os líderes para definir a votação dos salários, que deve ocorrer ainda nesta quarta-feira no plenário da Câmara.

Depois da votação na Câmara, o projeto segue para votação no plenário do Senado. Renan disse que vai submeter à apreciação dos senadores todas as propostas que forem apresentadas por parlamentares sobre o reajuste.

"Temos que aguardar a formalização das propostas para organizar a votação. Não precisamos mais de reunião [com os líderes] porque as decisões serão dos plenários. Vamos recolher as propostas e realizar as votações", disse.

Reajuste menor

A tendência dos deputados é votar o projeto de decreto legislativo apresentado pelo deputado Walter Pinheiro (PT-BA), que propõe a correção nos salários com base na inflação acumulada dos últimos quatro anos o que elevaria os subsídios dos atuais R$ 12.800 para R$ 16.500.

Os deputados já praticamente sepultaram o reajuste de 91%, que elevava os vencimentos para R$ 24.500, como aprovado na semana passada pelas Mesas Diretoras da Câmara e do Senado com o apoio dos líderes partidários.

Segundo o líder do PFL na Câmara, deputado Rodrigo Maia (RJ), os partidos estão em busca de consenso sobre o novo valor do reajuste. "O valor não importa, não é o problema. Vamos caminhar para o consenso. Depois do desgaste vivido pela Casa, o importante é ser uma proposta de todos os deputados", afirmou.

O Congresso decidiu rediscutir o reajuste depois da decisão tomada nesta terça-feira pelo plenário do STF (Supremo Tribunal Federal) que obriga submeter o aumento nos salários de parlamentares à votação dos plenários das duas Casas Legislativas. 

Fonte: Folha Online

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