Brasil

RJ: falta dágua suspende aulas e afeta hospitais

Por conta do desabastecimento, que deverá perdurar até domingo, segundo a Companhia Estadual de Águas e Esgoto (Cedae), hospitais da Região Metropolitana já est

A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) decidiu suspender as aulas nesta sexta devido à falta dágua que atinge 85% dos bairros do Rio de Janeiro e 70 dos municípios da Baixada Fluminense, causada por obras de reparo e manutenção na Estação do Guandu, que abastece 8,5 milhões de pessoas na região. Por conta do desabastecimento, que deverá perdurar até domingo, segundo a Companhia Estadual de Águas e Esgoto (Cedae), hospitais da Região Metropolitana já estão acionando carros-pipa para garantir atendimento – cujo preço em média triplicou.

O fornecimento foi interrompido pela Cedae para 85% dos cariocas, 70% da Baixada e integralmente para Nilópolis às 8h desta quinta-feira. No fim da manhã, moradores de vários bairros já estavam com as torneiras secas.

"Uso baldes para tirar água de cisterna de 7 mil litros para limpar os banheiros, evitando que os clientes fiquem prejudicados. Se acabar, terei de recorrer a carros-pipa", afirmou César Alves, 52 anos, dono do Restaurante Ladeirinha, em Santa Teresa, um dos bairros mais afetados. Sua vizinha, a dona-de-casa Iracy Campos de Nascimento, 49, armazenou água em vários recipientes.

No Leme, síndicos recomendaram com cartazes a economia. "A lavanderia fechou até que a situação se normalize", explicou Alexandre de Souza Andrade, 34, zelador do Edifício Orleans, na Rua Gustavo Sampaio, onde vivem 46 famílias.

Para o prefeito de Nilópolis, Farid Abrão David (PP), a situação no município era "caótica". Segundo ele, no início da tarde os bairros Cidade, Paiol, Manoel Reis, Nossa Senhora de Fátima, Chatuba e Cabral, já estavam sem água.

Excesso de pedidos
Alguns hotéis e hospitais, como o Copa D¿Or, em Copacabana, contrataram carros-pipa, que cobravam até R$ 359 por caminhão com 10 mil litros – segunda-feira, saíam a R$ 120. A empresa A Poderosa suspendeu pedidos à tarde devido ao excesso de solicitações. A Cedae garante fornecimento para hospitais públicos e delegacias.

"Transtornos são inevitáveis, mas é para o bem dos consumidores, que não sofrerão com desabastecimento no verão", prometeu o diretor de produção da Cedae, Jorge Luiz Briard.

O Dia

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