O 3º Relatório Nacional sobre Direitos Humanos no Brasil, da USP (Universidade de São Paulo), indica que 151.227 novos casos de trabalho infantil foram detectados de 2004 para 2005. O aumento foi de 1.713.595 para 1.864.822 (8,8%).
A prática cresceu em duas regiões do país (Nordeste e Sudeste) e caiu nas demais. Na primeira, o percentual de crianças e adolescentes de 10 a 14 anos que trabalham em relação ao total subiu de 3,5% para 3,9%. Na segunda, de 0,8% para 1,0%. Considerando o país todo, o índice passou de 2% para 2,1%.
Segundo o estudo, o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) e o Programa Bolsa Escola (incorporado ao Bolsa Família) não foram suficientes para resolver o problema.
Também persiste no Brasil o trabalho escravo. A prática foi constatada em todas as regiões, com exceção do Sul. Em 2004, os pesquisadores da USP registraram casos no Norte (6.075, sendo 2.476 no Pará e 847 no Tocantins), Centro-Oeste (1.273, sendo 1.012 no Mato Grosso), Nordeste (624, sendo 410 no Maranhão) e Sudeste (834, sendo 244 no Espírito Santo, 206 em Minas Gerais, 201 em São Paulo e 183 no Rio de Janeiro).
Com Agência Brasil