Em balanço da sua gestão apresentado nesta quarta-feira, o ministro da Saúde Marcelo Queiroga afirmou que a pasta deve apresentar o plano de vacinação para 2023 “até 31 de dezembro” e que também deve assinar novos contratos de compras de imunizantes contra Covid-19 para 2023 até o último dia deste ano.
Segundo o ministro, a Saúde trabalha para apresentar, nos próximos dez dias, um plano de expansão de cobertura vacinal. A pasta vem sendo cobrada pelo grupo de transição da área de saúde do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por não ter entregado um planejamento vacinal para 2023.
— Trabalharemos até 31 de dezembro, às 0h. O plano de vacinação está sendo elaborado e será apresentado. Ainda assinaremos contratos, forneceremos informações e publicaremos todo o plano nacional de vacinação, incluindo o de Covid, para 2023 — afirmou.
Nas últimas semanas, o ex-ministro da Saúde, Arthur Chioro, chegou a dizer que o governo Bolsonaro “conseguiu destruir” o Programa Nacional de Imunizações (PNI). Na entrevista, Queiroga criticou Chioro e disse que “não houve apagão” na vacinação.
Segundo cálculo do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o governo federal precisará de 370 milhões de doses de imunizantes contra a Covid em 2023. A conta considera quem ainda precisam completar o esquema vacinal, mais uma dose de reforço anual.
O ministro, apesar de afirmar que “não faltará vacina”, não soube afirmar quantas doses atualmente existem em estoque ao ser questionado em coletiva de imprensa.