Iphan

Relatório pede reforma “urgente” na Praça dos Três Poderes, em Brasília

Documento apontou infiltrações, mofo e até escorpiões no local, que será reformado; degradação aumentou após atos golpistas do 8 de Janeiro.

Praça dos Três Poderes, Brasília

Foto: Iphan

Um relatório do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (Iphan) pediu uma reforma “urgente” na Praça dos Três Poderes. O documento apontou infiltrações, mofo e até escorpiões no local. Na última semana, o governo Lula anunciou que a praça será reformada por R$ 993 mil.

Técnicos do Iphan no Distrito Federal fizeram duas vistorias na Praça dos Três Poderes, em 12 de janeiro e em 8 de fevereiro deste ano. O relatório foi concluído em março.

Cenário de esculturas e edificações renomadas, a praça turística precisava de uma reforma há muitos anos. Além do restauro, falta um projeto de acessibilidade. A responsabilidade da conservação é do governo do Distrito Federal, que vai atuar com o governo federal na reforma.

O documento ressaltou que a degradação da praça foi agravada pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, quando pedras portuguesas da praça foram arremessadas por bolsonaristas contra a Polícia Militar. Os extremistas também deixaram pichações no local, incluindo na obra “A Justiça”, de Alfredo Ceschiatti.

“A iluminação e a drenagem da praça estão precárias”, seguiu o relatório, que destacou que as placas turísticas estão ilegíveis, com ferrugem e queimaduras. O piso da praça, por sua vez, tem “diversos trechos sem pedras, pedras soltas, mato e grama”. “Os bens imóveis e integrados situados na Praça dos Três Poderes possuem valor cultural inestimável. […] É urgente considerar a revitalização da praça”, seguiu o relatório do Iphan. Antes da vistoria, a primeira-dama, socióloga Rosângela da Silva, visitou a praça e disse que a área estava “abandonada”. Veja fotos do relatório do Iphan abaixo.

Segundo o documento, a área em piores condições é o Espaço Lúcio Costa, que fica no subsolo da praça. Ali há uma maquete gigante do Plano Piloto, além de fotos históricas e documentos originais apresentados pelo urbanista Lúcio Costa ao júri internacional que escolheu o projeto arquitetônico da nova capital brasileira.

“Os funcionários do museu relatam a presença de baratas e escorpiões, que entram pelas grelhas e se alojam atrás das paredes do museu. Internamente, a maquete está suja e carece de manutenção apropriada e o espaço de acervo é totalmente inadequado para o uso museal, com infiltração e mofo”, afirmou o relatório.

A célebre escultura em bronze “Os Guerreiros/Candangos”, de Bruno Giorgi, que fica mais perto do Palácio do Planalto , tem “fissuras profundas” que arriscam a sustentação da obra. A degradação foi verificada nos pés das figuras que representam os brasileiros de todas as regiões que construíram a capital.

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Por Metrópoles

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