Ocorrência

História suspeita: polícia prende pais de bebê levado a PS com fraturas na perna e na cabeça

Médicos e psicóloga desconfiaram da mãe que disse que criança, internada em estado grave, havia se ferido em acidentes domésticos e a polícia foi acionada.

Bebês, Nascidos

Imagem ilustrativa (Foto: reprodução)

A polícia paulista prendeu o pai e a mãe de um recém-nascido de 2 meses, na última terça-feira (21), por maus-tratos na zona leste de São Paulo. A criança deu entrada no hospital Vagalume Saúde Infantil, em Mogi das Cruzes, com o fêmur da perna esquerda quebrado, fraturas no crânio, hematomas no rosto e lábios, machucados na barriga, desidratação e anemia grave.

A mãe nega agressões ao bebê, mas os médicos suspeitaram das versões dela para explicar os ferimentos graves. À polícia, ela disse que um tombo no berço e uma leve pancada no portão de casa causaram as lesões na cabeça e no rosto. As escoriações no rosto e na boca seriam resultado do uso da chupeta.

A vítima está internada em estado gravíssimo, na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), por causa das múltiplas lesões.

Maus-tratos

O Boletim de Ocorrência indica que a criança foi levada pela mãe, de 18 anos, à unidade hospitalar Vagalume Saúde Infantil, em Mogi das Cruzes, na região metropolitana de São Paulo. Ela disse que a criança caiu e se machucou por volta de 10h do último domingo (19).

O recém-nascido teria caído do berço e batido a cabeça na quina do móvel, enquanto a mãe estava em outro cômodo da casa. No depoimento, ela afirmou que notou que o bebê estava com a testa avermelhada, mas que, no mesmo dia, após o suposto acidente, a criança se alimentou e bebeu água normalmente.

Por volta de 14h30 do dia seguinte, a mãe afirmou que saiu apressada de casa para resolver questões envolvendo documentações da sogra, que estava internada. Segundo ela, por estar agitada no momento em que estava de saída, o bebê bateu novamente a testa no mesmo local, só que desta vez, no portão. A genitora afirma que a criança não chorou em momento algum.

Ainda conforme o relato da mãe, no mesmo dia, por volta de 16h30, ela percebeu que a criança estava com a região do machucado arroxeada, mas precisava esperar o pai do bebê chegar para pegar o dinheiro que seria utilizado para pagar o transporte até o hospital.

O pai e companheiro, de 21 anos, trabalha como ajudante geral e não estaria na residência desde o dia do primeiro acidente, voltando para casa apenas na segunda-feira (20) à noite.

A vítima só foi levada ao hospital na parte da manhã de terça-feira (21).

Segundo informações da GCM (Guarda Civil Municipal) de Mogi das Cruzes, a corporação foi acionada após a psicóloga da unidade hospitalar informar o quadro grave que a vítima apresentava.

No hospital, o laudo médico foi apresentado, e a guarda foi notificada de que o bebê precisava de internação imediata. O laudo aponta o “quadro grave de sepse, com presença de Hematomas na face, escoriações nos lábios, desnutrido, desidratado, MEG, Taquidispneico, descorado, febril (38), com suspeita de maus-tratos e erro alimentar, sugiro avaliação e conduta do Médico Legista para elucidação diagnostica”.

Mesmo com o resultado do laudo, a mãe disse que o machucado nos lábios se devia ao uso da chupeta e que a alimentação do bebê era ministrada conforme a prescrição médica.

Os pais da criança moram com a criança no Jardim Lisboa, zona leste da Capital, mas a genitora declarou ter optado por não levar o filho para as unidades de saúde da região, devido à superlotação, além de temer que o bebê pegasse algum tipo de vírus.

Testemunhas dos maus-tratos

A tia da criança, irmã do pai, foi à delegacia e também prestou depoimento, em que disse que, após saber que a criança estava internada, conversou com o irmão. Ele informou que a mãe estava em casa dormindo, o que resultou em uma discussão por aplicativo de mensagens.

A irmã do rapaz ainda relatou que a cunhada disse que não queria que ela tivesse contato com o sobrinho e que o pai foi conivente com as agressões que o sobrinho sofreu.

A vizinha do casal afirmou que escutava o choro do bebê de forma constante, assim como os gritos da mãe, que sempre aparenta estar irritada com o filho. Ela chegou a conversar com a irmã do rapaz algumas vezes, sobre o choro da criança.

No Boletim de ocorrência, a vizinha também disse que soube que a mãe da criança comentou que havia parado de fazer o uso de drogas durante a gestação, mas que o marido ainda fumava.

Tanto o pai como a mãe foram presos após o pedido de prisão temporária, enquanto o bebê permanece internado no hospital.

O caso foi registrado como maus-tratos na Delegacia Seccional de Mogi das Cruzes.

R7

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