Em paralisação de 48 horas por reajuste salarial, policiais civis do Rio compareceram nesta segunda-feira (20) ao trabalho com coletes com as inscrições “Polícia Civil em greve” . Segundo o comando de greve, apenas 30% do efetivo de cada delegacia trabalhará para garantir a ordem pública e segurança das instalações governamentais.
A decisão foi anunciada numa assembléia realizada na última quarta-feira, no Sindicato dos Funcionários da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (Sinpol).
Os policiais exigem do governo estadual o reescalonamento salarial, o que compensaria o valor da GEAT (Gratificação Especial de Atividade), retirada pelo governo em maio de 2003 e concedida apenas aos policiais militares, bombeiros e delegados. Segundo o Sinpol, a governadora Rosinha respondeu que não dará nada além dos 17% de aumento concedidos em julho do ano passado.
Na assembléia ficou decidido que:os policiais em greve comparecerão ao seu local de trabalho normalmente e os policiais que trabalham em regime de expediente, assim como os que trabalham em plantão, não serão obrigados a exercer atividades de atendimento ao público, deixando de efetuar quase todos os procedimentos de rotina, como registros de ocorrências, termos de declarações, entrega de intimações e remessa de comunicações administrativas.
Os policias estão obrigados a efetuar os procedimentos relativos a remoção de cadáveres, assim como elaborar os autos de prisão em flagrante (APF), conforme avaliação de um delegado de polícia, que deverá presidir todo o procedimento. A categoria não atuará em operações policiais. As ocorrências de maior repercussão deverão ser informadas ao Comando de Greve.
O Sindicato afirma que segue o exemplo das polícias civis dos estados do Espírito Santo, Alagoas e do Rio Grande do Sul, onde a greve foi considerada legal pela Justiça.
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