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PE: surfista luta com tubarão para salvar a vida

A história vivida pelas vítimas de ataques de tubarão nas praias do Grande Recife são semelhantes aos dos personagens que protagonizaram a famosa série de filme

A história vivida pelas vítimas de ataques de tubarão nas praias do Grande Recife são semelhantes aos dos personagens que protagonizaram a famosa série de filmes de Hollywood Tubarão. Momentos de descontração, lazer e euforia dentro do mar são interrompidos pelo terror quando o animal ataca. Esse foi o caso dos surfistas Charles Heitor e Charles Veras, que apesar de terem sobrevivido, tiveram suas vidas marcadas para sempre.

Heitor sofreu o ataque quando estava em cima da prancha, sozinho, num dia chuvoso, em 1º de maio de 1999, na praia de Boa Viagem, no Recife. Ele fala do desespero no momento do ataque. "Eu estava esperando a onda, quando senti uma forte mordida na minha perna direita. O tubarão me puxou para baixo e eu afundei com a prancha", lembra.

Luta e desespero
Heitor ainda lutou com o animal antes de sofrer a mordida mais grave. "Quando estava submerso, vi que era um tubarão de mais ou menos 2 metros e meio de comprimento. Ele ficou me jogando de um lado para o outro, agarrado na minha perna. O bicho me soltou, nadou em círculos e veio me atacar novamente. Eu comecei a nadar para a praia, quando me surpreendi com o animal na minha frente, novamente. Eu dei alguns socos nele, e tive minhas mãos arrancadas numa única mordida. O animal depois escapou", desabafou.

Três salva-vidas que estavam de plantão na praia entraram na água para prestar socorro à vítima. O surfista foi trazido à margem, consciente, mas desmaiou ao ver que tinha perdido as duas mãos. Foi encaminhado ao hospital e passou 15 dias internado, após ser submetido a cirurgias.

Na época do ataque, ele teve acompanhamento psicológico e passou cinco anos com traumas e tendo pesadelos. Hoje, aos 29 anos, ele voltou a surfar. Heitor afirma que conversa sobre o assunto normalmente, mas evita ver documentários sobre tubarões. "Hoje entro no mar pra praticar o boad board sem receio. No entanto, tenho pavor de assistir aos filmes sobre tubarões", declarou.

Medo da morte
O surfista Charles Veras, por sua vez, foi atacado no dia 23 de janeiro, de 1993, na praia de piedade, Jaboatão dos Guararapes (PE). Na época, ele tinha 15 anos e estava surfando com amigos, a 20 metros da areia. A cicatriz de 18 centímetros cravada na panturrilha direita revela o tamanho da arcada dentária do tubarão e demonstra a agressividade da investida do animal sobre a vítima.

"Eu estava remando na prancha, quando senti uma fisgada muito forte na perna esquerda. O tubarão me puxou para dentro d´água, junto com a prancha, e saiu me arrastando. Eu pensei que fosse morrer e então decidi puxar a perna."

Mesmo gravemente ferido, Charles veras conseguiu nadar até a areia. "Eu comecei a gritar: o tubarão me atacou!, O tubarão me atacou!" O surfista passou seis meses internado no Hospital da Restauração e atualmente exerce uma vida normal.

Redação Terra

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