Janaína Silva Oliveira, mulher do ex-PM Anderson, suspeito de matar o milionário da Mega-Sena Renné Senna e de ser amante da viúva Adriana, se apresentou no início da tarde desta segunda-feira (5) à Delegacia de Homicídios do Rio. Com mandado de prisão expedido desde o dia 25 de janeiro, a professora de educação física é a quinta pessoa presa por suspeita de envolvimento com a morte de Renné Senna.
Janaína, que é amiga da viúva Adriana Almeida, estava foragida no interior do estado do Rio. “Ela passou esses dias à base de tranqüilizantes e é inocente”, disse o advogado Júlio Braga, que faz a sua defesa e a do marido Anderson Silva Sousa, ex-policial militar preso na última sexta-feira (2). De acordo com o advogado, Janaína terá direito à prisão especial por ter curso superior completo.
“Os dois estavam passando férias em Petrópolis desde as festas de fim de ano, inclusive no dia do crime. Temos várias testemunhas que podem comprovar isso”, afirmou Júlio, que assegurou ainda que pode comprovar a autencidade dos documentos de Anderson, tidos pela polícia como falsos.
Anderson é ex-chefe de segurança de Renné e foi demitido depois que o colega e homem de confiança do ex-lavrador o denunciou por portar falsos documentos e estaria envolvido num plano de seqüestro contra o patrão. Segundo as investigações, ele seria amante da viúva Adriana Almeida e poderia ser o autor dos disparos. Ao se entregar, na semana passada, o ex-PM foi autuado em flagrante pelo delegado Roberto Cardoso por uso de documento falso. Ele portava uma carteira de perito judiciário.
Último foragido, Edney Gonçalves contacta a polícia
Com a prisão de Janaína, o único foragido no caso do assassinato de Renné é o ex-segurança do milionário Edney Gonçalves Pereira, que seria também informante da polícia. "O cerco está se fechando e o advogado dele já entrou em contato querendo negociar sua apresentação", disse o delegado Roberto Cardoso, da Delegacia de Homicídios.
Ainda nesta segunda-feira (5), a polícia ouve como testemunha um também ex-segurança do ricaço, identificado apenas como Da Silva. Seria dele o pedido para que o colega de trabalho David Vilhena, homem de confiança de Renné, chegasse mais cedo ao trabalho no dia 3 de setembro do ano passado. David morreu a caminho da fazenda de Rio Bonito, no que a polícia considera uma emboscada.
G1