Representantes do Ministério Público Federal e da Defensoria Pública estão reunidos com o diretor do Instituto Médico Legal (IML) Central em São Paulo a fim de impedir o enterro de corpos não identificados de pessoas mortas em confrontos com a polícia durante os últimos dias. O procurador federal chegou acompanhado de quatro médicos do Conselho Regional de Medicina que devem supervisionar os trabalhos de perícia.
Aguardam identificação no local 17 corpos. O Ministério Público pede que os corpos sem identificação não sejam enterrados a fim de garantir uma melhor investigação das circunstâncias das mortes. O Superintendente da Polícia Técnico-científica, Celso Perioli, irá dar uma entrevista coletiva no término da reunião
O diretor do IML central, Hideaki Kawata, informou que irá entregar ainda hoje rascunhos dos laudos dos 87 corpos que já passaram pelo instituto. A lei obriga o aguardo de 72 horas antes que corpos sem identificação sejam enterrados. O IML chegou a cogitar em solicitar o enterro antes desse período devido à superlotação do local.
O Ministério Público exige que a Secretaria de Segurança Pública entregue o nome de todos os suspeitos mortos em confrontos com a polícia e informe se eles tinham antecedentes criminosos.
A onda de violência iniciada com os ataques contra bases policiais matou 152 pessoas, segundo o balanço oficial do governo. No total, 107 suspeitos de participação foram mortos em operações policiais para inibir os ataques.
Redação Terra
MP tenta impedir enterro de corpos não identificados
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